26 de março de 2006

Discriminação Explícita

Há muitos tipos de Preconceito. O mestre Bagno fala de um tipo no seguinte link:
http://paginas.terra.com.br/educacao/marcosbagno/art_preconceito_linguistas.htm

Reproduzo abaixo uma antiga matéria (da década de 90 !) da revista Veja, que considero bem emblemática sobre o preconceito racial. Aliás, acho que já está na hora de se repetir a experiência descrita na reportagem:

DISCRIMINAÇÃO EXPLÍCITA

Em 1967, a revista Realidade, da Editora Abril, fez uma experiência sobre a discriminação racial no país. Designou dois repóresteres — um negro e um branco — para percorrerem os mesmos lugares de seis capitais brasileiras, solicitando os mesmos serviços, a fim de verificar a diferença de tratamento dispensado a um e outro. O resultado foi um diário dramático, sob um título simples e direto: "Existe preconceito de cor no Brasil". Na semana passada, VEJA pôs em campo os repórteres Luís Estevam Pereira, que pelos critérios do IBGE estaria na categoria dos brancos, Adam Sun, que seria colocado entre os amarelos, e o editor-assistente Rinaldo Gama, que seria enquadrado entre os pardos a fim de fazer uma experiência semelhante em São Paulo.

Os três estiveram no bar do restaurante The Place, encravado na região dos Jardins. Estevam e Sun não precisaram abrir a porta — o porteiro fez sua obrigação. Gama entrou no recinto depois de abrir, por conta própria, a porta do restaurante — o porteiro o ignorou. No bar, Gama foi o único dos três que precisou esperar vinte minutos até que um garçom resolvesse lhe oferecer croquetes. Quando saiu, os garçons que estavam próximos a Estevam comentaram entre si: "O negão foi embora".

Numa loja de roupas masculinas, a Richard's, dos Jardins, aconteceu algo bem parecido. Gama entrou e pediu para ver calças de lã.

Uma vendedora o conduziu até um balcão onde havia dois modelos. Estevam entrou e fez o mesmo pedido. Sem pedir licença a Gama, a vendedora retirou a

só calça que ele tinha nas mãos e a ofereceu a Estevam. Disse: "Temos este modelo aqui, que o senhor pode experimentar naquele provador, meu nome é Gláucia, e se o senhor precisar de alguma coisa ó só chamar". Em busca de outra mercadoria, Gama perguntou sobre calças de veludo.

"Não tenho o seu número", respondeu a vendedora. Sobre paletós e gravatas de lã. "Só vou receber na próxima semana", informou Gláucia. Voltou à carga sobre calça de lã. "Do seu número eu só tenho aquela, que está com o outro moço."

Gama saiu. Estevam disse que não levaria a calça porque era cinza e ele queria preta. A vendedora ligou para outra loja da rede e conseguiu reservar um modelo para Estevam. Sun, atendido por outra vendedora, cansou-se de ver diferentes calças de lã e ainda teve informações sobre as diversas formas de pagamento que poderia utilizar.

Na recepção da maternidade do Hospital São Luiz, no bairro de Vila Nova Conceição, Estevam e Sun foram cobertos de atenções, que resultaram em conselhos importantes — como a possibilidade de pagar o parto em cruzados novos ou o que deve constar do enxoval do bebé. Com cada um deles, a recepcionista gastou cerca de dez minutos. Já Gama foi dispensado na hora pela mesma funcionária, que, ao ouvir seu pedido de que gostaria de ter maiores informações sobre a maternidade, respondeu entregando a ele uma tabela de preços. "Está tudo aí", resumiu, voltando a cuidar dos papéis que tinha em cima da mesa.


Revista Veja

Fonte: OLIVEIRA, Tania A. e outros – TECENDO TEXTOS, IBEP, 1ª edição, 1999.



Utilizei este texto num exercício de resumo com as 8ª séries. Apesar de ter muitos fatos o conteúdo é bem simples de ser depreendido.

25 de março de 2006

conto de tolstoi

Um conto de Tolstoi contado pelo mestre Zen Thich Nhat Hanh

A um imperador certa vez ocorreu-lhe que nada jamais o afastaria do caminho justo se soubesse responder apenas às seguintes perguntas:

Qual é o melhor momento para qualquer coisa?
Quais são as pessoas mais importantes em qualquer trabalho?
Qual é a coisa mais importante a fazer em qualquer momento?

O imperador promulgou um decreto para todo o seu império a anunciar que quem soubesse responder às três perguntas receberia uma grande recompensa. Depois de terem lido este decreto, muitos se dirigiram ao palácio com as suas diferentes respostas.

Respondendo à primeira pergunta, alguém sugeriu ao imperador que estabelecesse uma ocupação total do tempo, com as horas, dias, meses, anos e as tarefas a realizar. Se seguisse isso à letra, o imperador poderia então vir a fazer cada coisa em seu devido tempo. Uma outra pessoa retorquiu que era impossível prever tudo, que o imperador devia pôr de parte todas as distracções inúteis e que se devia manter atento a todas as coisas de maneira a saber quando e como agir. Uma outra insistiu em que o imperador não podia sozinho possuir a clarividência e a competência necessárias para decidir quando fazer algo. Parecia-lhe que o mais importante era nomear um Conselho de Sábios e de agir de acordo com as suas recomendações. Uma outra pessoa disse que certas questões necessitavam de um decisão imediata e não podiam esperar por uma consulta. Contudo, se o soberano desejasse conhecer com antecedência o que ia acontecer, ser-lhe-ia possível interrogar os adivinhos e os magos.

As respostas à segunda pergunta divergiram também muito entre si. Alguém disse que o imperador devia colocar toda a sua confiança nos seus ministros, um outro recomendou que fosse nos padres e nos monges, outros, ainda, nos médicos e mesmo nos militares.

À terceira pergunta foram dadas respostas igualmente variadas. Alguns afirmaram que a procura mais importante era a ciência, outros insistiram que era a religião e outros ainda que era a arte militar. O imperador não ficou satisfeito com nenhuma das repostas e não atribuiu a ninguém a recompensa.

Depois de várias noites de reflexão, o soberano decidiu visitar um eremita que vivia na montanha e que era tido por um ser iluminado. O imperador desejava encontrar o santo homem para lhe colocar as três perguntas, sabendo muito bem que o eremita nunca deixava as montanhas e que era conhecido por não receber senão pessoas pobres e por recusar qualquer contacto com ricos e poderosos. Por esta razão, o soberano disfarçou-se de camponês pobre e ordenou à sua escolta que esperasse por ele aos pés da montanha enquanto procurava sozinho o eremita.

Ao chegar à morada do homem santo, o imperador avistou-o a cavar o jardim diante da sua cabana. Ao ver o estrangeiro, o eremita saudou-o com a cabeça e continuou a cavar. Era um trabalho aparentemente muito penoso para um velho como ele; ofegava ruidosamente de cada vez que enterrava a enxada no solo para revolver a terra. O imperador aproximou-se dele e disse: "Vim pedir a vossa ajuda. São estas as minhas perguntas:

Qual é o melhor momento para qualquer coisa?
Quais são as pessoas mais importantes em qualquer trabalho?
Qual é a coisa mais importante a fazer em qualquer momento?"

O eremita escutou-o atentamente e, depois de dar uma pequena palmada no ombro do imperador, retomou o trabalho. O monarca disse então:
"Deveis estar cansado. Deixai-me ajudar-vos".
O velho homem agradeceu-lhe, entregou-lhe a enxada e sentou-se no chão para descansar. Depois de ter cavado duas leiras, o imperador parou, voltou-se para o eremita e repetiu-lhe as suas três perguntas. De novo, o velho homem não lhe respondeu, mas levantou-se e, mostrando a enxada, disse-lhe: "Porque não descansais um pouco? Eu continuo". Mas o imperador continuou a cavar a terra. Passaram uma e outra hora. Por fim, o sol pôs-se atrás da montanha. O soberano pousou a enxada e disse ao eremita: "Escutai-me, eu vim até aqui para vos perguntar se sabeis responder às minhas três perguntas. Mas se não souberdes, dizei-mo para eu regressar a casa".

O eremita levantou a cabeça e perguntou ao imperador: "Ouvis alguém a correr na nossa direcção?" O imperador voltou a cabeça e ambos viram surgir do bosque um homem com uma longa barba branca. Corria tropegamente, com as mãos a pressionar uma ferida no ventre, que sangrava. O homem correu em direcção ao soberano até cair sem sentidos no chão. Gemia e, ao abrir a sua camisa, o imperador e o eremita viram que ele tinha uma ferida profunda. O monarca limpou-a totalmente, e a seguir fez-lhe um penso com a sua própria camisa. Visto que o sangue corria abundantemente, teve de enxaguar e enfaixar várias vezes a sua camisa até conseguir estancar o sangue da ferida.

Finalmente, o homem ferido retomou a consciência e pediu água. O imperador correu até ao ribeiro e trouxe consigo uma bilha de água fresca. Ao longo de todo este tempo, o sol pusera-se e instalara-se o frio da noite. O eremita ajudou o imperador a levar o homem para a cabana onde o deitaram sobre a cama. Aí, fechou os olhos e adormeceu sossegadamente. O soberano estava esgotado pela longa jornada que fizera, de caminhar na montanha e de cavar o jardim. Apoiando-se à porta, adormeceu. Por um momento, esqueceu-se onde estava e o que ali tinha vindo fazer. Quando acordou, olhou para a cama e viu o homem ferido, que também se perguntava o que fazia ali naquela cabana. Quando este viu o imperador, olhou-o atentamente nos olhos e disse num murmúrio dificilmente perceptível: "Por favor, perdoai-me".
"Mas o que fizestes para merecerdes ser perdoado?" perguntou o soberano.
"Vossa Majestade não me conhece, mas eu conheço-vos. Eu fui vosso inimigo e fiz o voto de me vingar por terdes morto o meu irmão na última guerra e por vos terdes apoderado de todos os meus bens. Quando soube que vínheis sozinho a esta montanha para vos encontrardes com o eremita, decidi montar-vos uma cilada e matar-vos. Esperei durante muito tempo, mas vendo que não vínheis, deixei o meu esconderijo para vos procurar. Foi assim que acabei por dar com os soldados da vossa guarda que, ao reconhecerem-me, infligiram-me esta ferida. Felizmente, consegui fugir e correr até aqui. Se não vos tivésseis encontrado, teria com certeza morrido na hora. Eu tinha a intenção de vos matar e vós salvastes-me a vida! Sinto uma enorme vergonha, mas também um reconhecimento infinito. Se viver, faço o voto de vos servir até ao meu derradeiro sopro e ordenarei aos meus filhos e aos meus netos que sigam o meu exemplo. Suplico-vos, Majestade, concedei-me o vosso perdão!"

O imperador encheu-se de alegria ao ver com que facilidade se havia reconciliado com um antigo inimigo. Não apenas o perdoou, mas prometeu também restituir-lhe todos os seus bens e enviar o seu próprio médico e os seus servidores para se ocuparem dele até se curar completamente. Após ter dado ordem à sua escolta de reconduzir o homem a sua casa, o imperador regressou para se encontrar com o eremita. Antes de regressar ao seu palácio, o soberano desejava, por uma última vez, fazer as três perguntas ao velho homem. Encontrou o eremita a semear os grãos nas leiras cavadas na véspera. O velho homem levantou-se e olhou-o. "Mas já tendes a resposta a essas perguntas".
"Como assim?", disse o imperador intrigado.
"Ontem, se não tivésseis tido piedade da minha velhice e não me tivésseis ajudado a cavar a terra, teríeis sido atacado por este homem quando regressásseis. Teríeis então lamentado profundamente não terdes ficado comigo. Por consequência, o momento mais importante foi o tempo passado a cavar o jardim, a pessoa mais importante fui eu e a coisa mais importante foi ajudares-me. Mais tarde, depois da chegada do homem ferido, o momento mais importante foi aquele que passastes a tratar da ferida, porque se o não tivésseis feito, ele teria morrido e vós teríeis desperdiçado a ocasião de vos reconciliar com um inimigo. Do mesmo modo, ele foi a pessoa mais importante, e cuidar da ferida foi a tarefa mais importante. Lembrai-vos que não existe senão um único momento importante, que é agora.

Este instante presente é o único momento sobre o qual podemos exercer o nosso magistério. A pessoa mais importante é sempre a pessoa com a qual se está, aquela que está diante de vós, porque quem sabe se vireis a estar ocupado com uma outra no futuro? A tarefa mais importante é fazer feliz a pessoa que está ao vosso lado, porque a procura da vida é apenas isso."


*Fábio R. cel(11)93642729  
http://ekalafabio.blogspot.com


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O Professor Luisinho

Mensagem recebida da revista JORNAL VIRTUAL DO PROFESSOR:

Há duas semanas recebi dele um artigo genial, o qual disponibilizo para os leitores deste Jornal Virtual. Chama-se O
Professor.

“— Pai, quem é aquele homem na TV?

— É o professor Luizinho, meu filho.

— Professor? E ele dá aula de quê?

— Ele não dá aula, meu filho. Ele é
político.
Professor é o nome dele. Na verdade, apelido. O nome
é
Luiz.

— Mas se ele não dá aula, não devia
se
chamar “professor”.

— É que antes de ser político ele era
professor,
meu filho...

— Ah. Ser professor é legal, né? Quando eu
crescer
quero ser professor. Olha como ele tá feliz...

— É. Ele foi absolvido. Perdoado. Inocentado.

— O que ele fez?

— Foi acusado de pegar um dinheiro que não era
dele.

— E pegou?

— Pegou.

— Então ele é culpado!

— É. Mas foi inocentado. E agora está
feliz.

— Quem inocentou?

— Os colegas.

— Professores?

— Não, políticos.

— Se fossem professores não inocentavam.

— Como é que você sabe, meu filho?

— Ah! Meus professores, quando pegam um aluno que roubou
o
lápis do outro, levam pra diretoria. Dizem que quem
rouba
não merece respeito.

— ...

— Pai?

— Oi, filho.

— O que é melhor ser, professor ou
político?

— Ah, filho, depende. Professores educam.
Políticos
fazem leis, representam o povo.

— O professor Luizinho representa você?

— Eu? Eu não, Deus me livre! Não votei
nele.

— Então, ele representa quem?

— Outras pessoas, que votaram nele.

— Essas pessoas sabiam que ele pega dinheiro que
não
é dele?

— Não sei. Acho que não.

— Pai?

— Oi, filho.

— Quem ganha mais dinheiro, professores ou
políticos?

— Ah, os políticos. Muito mais!

— Então, não entendi.

— O que, meu filho?

— Se como político o Luizinho ganha muito mais
dinheiro
do que como professor, pra que ele pegou o dinheiro?

— ...

— Pai?

— O que é, filho?

— Quando deixar de ser político, o Luizinho vai
voltar
a ser professor?

— Não sei, filho. Talvez.

— Então vou rezar pro Papai do Céu.

— Pra que, filho?

— Pra que ele não venha dar aula na minha
escola...”


Boa semana e boas aulas.


Júlio
Clebsch

18 de março de 2006

Língua Escrita

Encontrei (por acaso) alguns textos interessantes no multiverso da rede. Tento transcreve-los (?) aqui. Veja original em:
http://listas.softwarelivre.org/pipermail/psl-brasil/2005-May/003419.html

obs: sl = sofware livre

Marcelo D'Elia Branco escreveu:
Em Seg, 2005-05-23 às 12:53 -0300, "Ricardo L. A. Bánffy" escreveu:

É que tem um limiar que, quando transposto, limita muito a capacidade do
indivíduo de se expressar.

A língua é uma ferramenta que usamos para formar idéias mesmo antes de
expressá-las.


Existem culturas orais que não escrevem e formaram idéias e se
expressaram maravilhosamente durante séculos. Até hoje.
Acho que a língua escrita é uma ferramenta simbólica para expressar as
idéias e manter um registro histórico (banco de dados) de forma superior
a cultura oral ou de outros símbolos usados na história . Mas a ausência
do domínio perfeito da escrita não limita as idéias. Antes vem a
criatividade, as idéias e depois a escrita.
...
(...) Já trabalhei (na capoeira) com
culturas orais afro-descendentes que tem um domínio da criatividade e
do raciocínio muito superior à maioria da cultura ocidental (escrita)
...e tive que colocar a minha opinião.
De qualquer modo, tenho algumas observações:
 1) Reconheço que fico muito envergonhado quando encontro numerosos erros
de português em comentários defendendo SL (ou em programas em
português), especialmente em contextos de certa formalidade. Acho que
estudar um pouco (e revisar os textos) não faz mal a ninguém...

2) Por outro lado, não acho que alguém deva se abster de opinar sobre
algo devido a limitações do domínio da língua. Senão, alcançar algum
nível de equilíbrio social será impossível: o que se consegue é aumentar
a exclusão.

(...)

Glauber Machado Rodrigues (Ananda)
escreveu em Segunda Maio 23 15:48:42 BRT 2005

Tenho opiniões parecidas com a do Hudson, exceto pelo fato de não me
sentir envergonhado. Alguns dos motivos são:

1: Me causa orgulho ao saber que uma pessoa aprendeu a gostar de SL (software livre)
antes de poder dominar sua lingua nativa. É emocionante saber que,
para essas pessoas, as vantagens de se usar e defender o SL foram
muito mais óbvias que as regras da lingua de seu país.

2: Não acho que alguém deva engolir a sua opinião por achar que não
conseguirá transmiti-las de forma academicamente correta. Se alguém
tem algo a dizer, mas desliza aqui e acolá, não me causa vergonha ou
constragimento a limitação alheia.

3: Sou maduro o suficiente para entender que nada tenho a ver com
pessoas que gostam do que eu gosto. É como ter vergonha de ser pintor
pois Hitler tinha grande paixão pela pintura, embora lhe faltasse
talento.

4: minha vivencia de programador me leva a atentar mais as idéias do
que ao código. É como se ao programar eu compilasse tudo assim que
achar que a lógica da coisa está correta, pois os erros de código
serão encontrados pelo compilador. Nem reparo quando meus olhos passam
por um erro meu ou dos outros, pois geralmente não leio procurando por
erros, e sim pela mensagem, e sei que o mesmo motivo que me leva a
errar leva também outras pessoas. Não acho isso correto, mas acho
compreensível. Também tenho mania de esperar que os outros não se
importem com esses erros.

5: Jornalistas tem revisores para encontrar seus erros. Pessoas comuns
não só não têm revisores a sua disposisão, como não vivem do português
correto que escrevem.

6: Portugues é uma lingua complicada. Dominá-la leva tempo, e escrever
de acordo com suas regras, mais tempo ainda.

7: Sentir vergonha dos outros é um atraso de vida.

8: Essa mensagem deve conter erros, e se eles te envergonham, me
desculpe, mas como uma pessoa culta como você pode conferir a mim tal
poder? Você prefere esses jornalistas que escrevem, de forma correta,
sobre assuntos que nao entendem?

A mim, o que me entristesse, é saber que das faculdades de jornalismo
saem profissionais exelentes em redação, mas sem nenhuma capacidade.


(ou interesse) de comunicar a verdade.

(obs2: estes textos criticam uma matéria da revista Veja ,
"Software Livre quase virou obrigatório")

12 de março de 2006

Hora Coletiva

Na escola nós professores passamos um certo periodo conversando, lendo e debatendo e (ao menos em tese) planejando um trabalho coletivo. Nesta semana, por exemplo, lemos juntos uma entrevista publicada na Folha com o tema construtivismo x método fônico de alfabelitazação. A prefeitura também achou o tema interessante e colocou a entrevista em seu sítio:
http://portaleducacao.prefeitura.sp.gov.br/WebModuleInformes/interfaceInformesChamadaAction.do

Veja também os novos referenciais defendidos pela prefeitura para favorecer a escrita e leitura. Vi a propaganda na Bienal do Livro! :
http://portaleducacao.prefeitura.sp.gov.br/WebModuleInformes/interfaceInformesChamadaAction.do

War Games

Passou Jogos de guerra hoje cedo na tv, clássico de sci-fi realista com Matt Broderick como um hacker.

"Jogo estranho. A única jogada certa é não jogar" - diz a I.A. Joshua após descobrir qual o objetivo da guerra nuclear - aniquilação mútua.

5 de março de 2006

Quilombo

Programei o telefone (!) para me despertar de madrugada, uma hora, para assistir o filme Quilombo de Cacá Diegues na TVE. Excelente. Filme entre o histórico e o alegórico, consegue convencer com um visual impressionante ainda hoje e uma mensagem de resistência.

Boessio

Uma sugestão de leitura com  o escritor Ricardo Boessio
No artigo "  "  ele critíca a opinião preconceituosa (e por isso parcial) do cineasta Arnaldo Jabor e da TV Globo. Seu texto me lembrou uma história que ouvi certa vez do colega Rogério -

Alguns anos atrás ele participou de um tipo singular de avaliação. Ouviu uma história que era mais ou menos assim:

Havia uma mulher que traía o marido com um amante que morava do outro lado de um rio. A única passagem entre um lado e outro do rio era uma ponte e a esposa tinha hora para voltar para casa, antes que seu marido chegasse, para não levantar suspeitas. Certo dia apreceu um psicopata na ponte, que estava matando todos que passavam por ela. Chamaram a polícia, mas ninguém apareceu. A mulher foi avisada, mas precisava passar pela ponte, se não seu marido poderia descobrir tudo. Pediu ajuda para seu amante, mas ele ficou com medo e fugiu. Pediu ajuda para um barqueiro, que passava curioso ali por perto da ponte, mas ele pediu um pagamento em troca e ela não tinha dinheiro e não aceitou pagar o que ele queria. Então, contra todos os avisos, tentou atravessar a ponte. O psicopata a matou.

Quem é o culpado?

---

pense um pouco...

o barqueiro?
o amante?
o marido, por ser ciumento mas não conseguir satisfazer (sexual ou emocionalmente) sua esposa?
o poder público, que não consegue trazer um mínimo de segurança?
o destino, que é sempre tão cruel?

parece que todos são um tanto culpados (ninguém é inocente), mas algumas pessoas analisadas chegaram a achar que o culpado era a vítima (erro grosseiro em que cai o cineasta Jabor). Ora, ora... É muito fácil acusar a vítima.

Mas o primeiro culpado e o ÚNICO que pode ser preocessado pelo CRIME de assassinato é justamente o psicopata. Ele matou.

A culpa pela violência não está na vitima. A violência não é algo desejável por ninguém com bom senso. Leia o artigo de Boessio. Creio que ele é muito claro em sua argumentação sobre preconceito e em defesa do rock´n roll.

Veja em : http://www.duplipensar.net/artigos/2005-Q1/dimebag-darrell-arnaldo-jabor.html

O infeliz texto de Jabor pode ser visto em: http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VBC0-2754-70139,00.html

*Fábio R. cel(11)93642729  
http://ekalafabio.blogspot.com


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Preconceito

De novo uma dica com o escritor Ricardo Boessio (ver post anterior).
No artigo " " ele critíca a opinião preconceituosa (e por isso parcial) do cineasta Arnaldo Jabor e da TV Globo. Seu texto me lembrou uma história que ouvi certa vez do colega Rogério - Em tempo, o Rogério sofreu um acidente de moto e infelizmente está de molho com a perna engessada - Melhore logo!

Alguns anos atrás ele participou de um tipo singular de avaliação. Ouviu uma história que era mais ou menos assim:

Havia uma mulher que traía o marido com um amante que morava do outro lado de um rio. A única passagem entre um lado e outro do rio era uma ponte e a esposa tinha hora para voltar para casa, antes que seu marido chegasse, para não levantar suspeitas. Certo dia apreceu um psicopata na ponte, que estava matando todos que passavam por ela. Chamaram a polícia, mas ninguém apareceu. A mulher foi avisada, mas precisava passar pela ponte, se não seu marido poderia descobrir tudo. Pediu ajuda para seu amante, mas ele ficou com medo e fugiu. Pediu ajuda para um barqueiro, que passava curioso ali por perto da ponte, mas ele pediu um pagamento em troca e ela não tinha dinheiro e não aceitou pagar o que ele queria. Então, contra todos os avisos, tentou atravessar a ponte. O psicopata a matou.

Quem é o culpado?

---

pense um pouco...

o barqueiro?
o amante?
o marido, por ser ciumento mas não conseguir satisfazer (sexual ou emocionalmente) sua esposa?
o poder público, que não consegue trazer um mínimo de segurança?
o destino, que é sempre tão cruel?

parece que todos são um tanto culpados (ninguém é inocente), mas algumas pessoas analisadas chegaram a achar que o culpado era a vítima (erro grosseiro em que cai o cineasta Jabor). Ora, ora... É muito fácil acusar a vítima.

Mas o primeiro culpado e o ÚNICO que pode ser preocessado pelo CRIME de assassinato é justamente o psicopata. Ele matou.

A culpa pela violência não está na vitima. A violência não é algo desejável por ninguém com bom senso. Leia o artigo de Boessio. Creio que ele é muito claro em sua argumentação sobre preconceito e em defesa do rock´n roll.

Veja em : http://www.duplipensar.net/artigos/2005-Q1/dimebag-darrell-arnaldo-jabor.html

O infeliz texto de Jabor pode ser visto em: http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VBC0-2754-70139,00.html

Mulheres

Está chegando o dia 8 de março. Data propícia para se meditar sobre a questão de gênero em nossa sociedade. Tenho duas dicas de leituras:

http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
História da data

http://www.duplipensar.net/artigos/2005-Q1/o-dia-internacional-da-mulher-e-hoje.html
Excelente artigo de Ricardo Boessio dos Santos

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