20 de janeiro de 2007

Johnny Mnemonic

Muitos anos atrás (+ou- 10), a extinta revista GENERAL deu como brinde um livrinho com o conto JOHNNY MNEMONIC do cyberpunk William Gibson. Agora consegui uma cópia VHS deste filme - com roteiro do próprio, trata-se da primeira versão de uma obra sua. Esta informação é relevante, pois espera-se uma versão para seu clássico NEUROMANCER, que é uma das obras fontes do filme MATRIX (mas, por sua vez, foi fortemente influenciada por Philip K. Dick e o filme Blade Runner).

repare no ICE-T usando o símbolo da anarquia entre os olhos.

18 de janeiro de 2007

Um Estranho no Ninho e Jim Morrison

Na noite de ontem assiste o clássico Um Estranho no Ninho - (One Flew Over the Cuckoo's Nest, 1975) de Milos Forman

Fiquei impressionado. Mostra muitas críticas e "soluções estéticas" sobre os manicômios que vi depois em vários filmes, sendo o melhor deles BICHO DE 7 CABEÇAS (2000), Há também vários atores que depois ficaram marcados interpretando "loucos", inclusive Jack Nicholson (O Coringa), Danny De Vito (o Pingüim)...
Mas o filme vale por muito mais que isto. Não é apenas pioneiro / criador de "estética", tem uma mensagem forte sobre resistência. Mostra a humanidade e a dor dos chamados "desajustados". Tem muito a ver com o filme que vi hoje.



Hoje de manhã assisti THE DOORS (1991) de Oliver Stone. Vale a pena, principalment, pelas músicas. A performance de Val Kilmer representando Jim Morrison é incrível! Há momentos que - mesmo sendo um filme - me senti entrando no transe que deve ter sido ver ao vivo o Rei Lagarto. Há várias lições nesta obra: a busca pelo sagrado, o risco das drogas, a relação amor-dor-morte que a todos nós enfeitiça e consome. Em alguns isto é mais intenso, pessoas excepcionais (pq inteligentes e sensíveis ao extremo) como Morrison, Raul ou Cazuza...

17 de janeiro de 2007

Saites de Legendas / Subtitles para filmes

Ando viciado em filmes. E como muitos são estrangeiros, ajuda muito ter legendas. Copio estes links do excelente saite de arquivos http://www.baixar.org/

http://www.tugamania.com/

http://www.4shared.com/dir/1072750/da7bd76c/sharing.html

http://www.legendando.com.br

http://www.legendas.eu

http://www.central-subtitles.com/index

http://www.legendado.brjhost.com/legendas/dload.php?

http://www.legendasdivx.com/modules.php?name=Your_Account

http://www.opensubtitles.org/pt/search/sublanguageid-por,pob

Esses Sao estrangeiros mais com suporte PT/BR:

http://subscene.com/
http://www.moviesubtitles.net

www.legendas.tv


www.legendasz.com.br

Aproveito para lembrar a todos a necessidade (obrigatoriedade) de todos os filmes nacionais também possuírem legenda tanto em video, quanto na TV e no Cinema - para atender a população com deficiência auditiva e, quem sabe, a ajudar nossa povo a apreciar a leitura rápida:

http://www.legendanacional.com.br/


16 de janeiro de 2007

Wake up


Estou assistindo IRMÃO SOL, IRMÃO LUA (1972) de Zeffirelli, em italiano (e pior, sem legenda) : percebi uma curiosa relação com O PEQUENO BUDA (1993) . Em ambos o herói passa por um processo de "despertar" a partir da consciência da diferença de classes e do sofrimento que a todos iguala. Com Sidarta Gautama o processo parece mais incrível - porque o herói vive num isolamento muito grande, e começa a despertar a partir da visão da velhice, doença, miséria e morte. Isto se explica, possivelmente, por ser uma história simbólica e mitificada. No caso de Francisco de Assis é a mesma coisa, mas o isolamento do personagem é menor e sua transformação no filme envolve participar (e sobreviver) a uma guerra - experiência com certeza capaz de transformar qualque pessoa, mesmo (se existe) a mais comum - Ele sofre uma febre (tal qual o herói de DOUTOR FAUSTO de Mann ou o CALÍGULA do filme), e depois descobre a verdade sobre a riqueza de sua família: a exploração da miséria alheia.


Compare com "O Caminho do herói" (tão bem analisado no filme Matrix por Ricado Kelmer)- O que pode transformar alguém num santo/herói ou demônio/vilão? Que tipo de loucura é esta que pode ser tão boa / tão ruim?

Me parece uma tentativa consciente de sair do normal. Ser mais do que simples.

p.s.: Ah, já estava esquecendo... É preciso comparar a nudez do personagem com os rituais antigos de purificação. A mesma cena aparece em várias obras de ficção, inclusive o famoso gibi anarquista V DE VINGANÇA.


Wake Up (tradução)

Rage Against The Machine (trilha sonora do filme Matrix)

Acorde


Embora você tente não dar crédito
Ainda assim você nunca edita
A agulha que eu uso
Radicalmente poético
Em pé com a fúria que eles tiveram em '66
E como problema, eu estou louco
Ainda se ajoelha no lixo do sistema
Hoover (Ex-Presidente dos EUA), era um removedor de corpos
Eu vou te dar uma dose
Mas isso nunca chegará perto
Da raiva construída dentro de mim
Punhos no ar na terra da hipocrisia

Movimentos vem e movimentos vão
Líderes falam, movimentos terminam
Enquanto cabeças rolam
Porque todos os punks
Têm balas na cabeça
Departamentos de polícia, os juízes, os agentes federais
Redes de comunicações trabalham,
mantendo as pessoas calmas
Você sabe que elas foram atrás de King,
Quando ele discursou no Vietnã
Ele voltou o poder para os que nada tem
E então veio o tiro

Yeah!
Com poesia, minha mente eu exercito
Inteligente como Wilson, nos vocais nunca falta delicadeza
Quem eu tenho que,
o que eu tenho que fazer para te acordar?
Para te chacoalhar,para quebrar a estrutura
Porque o sangue continua escorrendo na sarjeta
Eu sou como fotos falantes
Um garoto doido chuta e abre as persianas
Arrume o caminho
Então finque e se mexa como se eu fosse Cassius(Mohamed Ali -
Lutador de Boxe)
Censure a guagues
Então bombardeie a esquerda sob os fascistas
É, os muitos homens federais
Os quais tramavam planos em sonhos
E davam um fim nisso
É melhor você se cuidar
Da retaliação de uma guerra de mentes
20/20 visões e murais com metáforas

Redes de comunicações,
se mantém trabalhando mantendo as pessoas calmas
Você sabe que eles assassinaram X (Malcomn X - Líder Negro
Americano)
E tentaram botar a culpa no Islã
Ele mudou o poder para os que nada têm
Então veio o tiro

Uggh!
Qual era o preço pela cabeça dele?
Qual era o preço pela cabeça dele?

Eu acho que ouvi um tiro (5x)
Eu acho que ouvi, eu acho que ouvi um tiro

Nacionalismo Negro
Ele talvez seja um bravo condidato a essa posição
Se ele abandonar, é suposta obediência a
literal doutrina de não-violência dos brancos
e adote o nacionalismo negro
Através de contra inteligência,
deve ser possível apontar (identificar) potenciais baderneiros
e neutralizá-los

Acorde! Acorde! Acorde! Acorde!
Acorde! Acorde! Acorde! Acorde!

Quanto tempo? não muito,
porque o que você planta é o que colhe

fonte: http://rage-against-the-machine.letras.terra.com.br/letras/153379/

14 de janeiro de 2007

Irmão Sol, Irmã Lua

De vez em quando tenho re-voltas espiritualistas... Após assistir o filme CALÍGULA, busquei na internet IRMÃO SOL, IRMÃ LUA, sobre São Francisco de Assis e Santa Clara. Conseguia a versão dublada em Italiano, mas estou procurando a legenda em português.

Acabei achando um texto longo e muito completo sobre um de meus textos preferidos, a ORAÇÃO DA PAZ. Reproduzo aqui retirado do orkut:

Fontes: http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=218885&tid=2461335396016578090
e http://www.itf.org.br/index.php?pg=conteudo&revistaid=6&fasciculoid=114&sumarioid=1672

Pesquisa:
La prière pour la paix attribuée à Saint François: un énigme à resoudre
Christian Renoux

Uma das orações mais queridas dos cristãos, católicos ou protestantes, é certamente a oração atribuída a São Francisco de Assis que começa pedindo: Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz! Acontece que a pesquisa histórica, realizada exaustivamente pelo autor, Christian Renoux, não conseguiu fazê-la remontar além de 1912, ano em que ela, pela primeira vez, apareceu, anônima, numa obscura revista devocional francesa. Só depois, especialmente a partir de sua publicação no jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, em 1916, começou sua rápida difusão, que, em pouco tempo, chegou a todo o mundo, traduzida em praticamente todas as línguas.

Christian Renoux é doutor em história moderna e conferencista da universidade de Angers, na França, militando há muitos anos na promoção da não-violência. Ele é co-presidente do ramo francês do Movimento Internacional da Reconciliação, e co-redator dos Cahiers de la Réconciliation. Pondo em ação todos os recursos da pesquisa histórica, ele consegue mostrar como, pouco depois de sua publicação, em 1912, esta oração não tem cessado de seduzir, no mundo inteiro, homens e mulheres devotados à causa da paz. Ele prova, também, que São Francisco de Assis não é o seu autor, pelo simples fato de que não se encontra seu texto entre os escritos do Santo, nem mesmo em qualquer outro documento conhecido de quem quer que seja, até inícios do século XX.

No seu prefácio ao livro, Pe. Willibrord van Dijk, capuchinho, observa que esta oração tão breve, objetiva, não sentimental, impressionou também os budistas do Japão e os monges do Tibet e mereceu ser pronunciada solenemente por João Paulo II no dia 27.10.1986, na famosa jornada inter-religiosa de Assis. Nela não se encontra diretamente nenhuma alusão evangélica ou bíblica e nenhum dos pedidos formulados é especificamente franciscano ou cristão. Seu conteúdo universalmente humano é que a faz despertar ressonâncias profundas em todo coração sincero, mesmo se a-religioso ou racionalista. Isto, porém, não contradiz – afirma Pe. Willibrord – a atribuição (gratuita) ao Santo de Assis. “Embora ele não a tenha escrito, nem em latim nem em úmbrio, a oração lhe foi atribuída porque se parece com ele” (p. 7).

Quanto ao livro, diz o autor, “nasceu do desejo de um historiador engajado no serviço da paz, de saber mais sobre a história efetiva desta oração pela paz” (p. 11). A quantidade e a qualidade dos dados já reunidos autorizam, agora, a fazer um primeiro balanço e uma primeira síntese. Christian Renoux começa investigando os escritos de São Francisco de Assis, que faleceu em 1226. Pesquisou os poucos textos manuscritos da época do Santo, as edições impressas, as edições críticas, as fontes franciscanas, os estudos modernos sobre São Francisco... e a conclusão se impõe, absolutamente clara: São Francisco de Assis não é o seu autor. Como então a oração lhe tem sido constantemente atribuída?

O segundo capítulo descreve a origem moderna desta oração, cujo texto aparece pela primeira vez na revista devocional francesa La Clochette, editada em Paris, no número de dezembro de 1912. O redator da revista era o Pe. Bouquerel (1855-1923), que a publicou, sem nome de autor e sem atribuí-la a São Francisco, com o título despretensioso: “Uma bela oração para fazer durante a Missa”. Infelizmente, a documentação pessoal do Pe. Bouquerel foi perdida e, assim, não se pôde achar o possível rascunho desse texto.
não há foto

Depois de consagrar o capítulo 3o a uma interessante síntese da vida e da intensa atividade literária e apostólica do Pe. Bouquerel, o autor dedica o 4o a dois personagens que começaram a divulgar a “oração pela paz”: o Cônego Boissey e o Marquês de la Rochethulon et Grente. O Cônego reproduziu o texto na sua própria revista, os Annales de Notre Dame de la Paix, no número de janeiro de 1913, citando a fonte: o boletim La Clochette do Pe. Bouquerel, novamente sem qualquer indicação de autor. O Marquês, por seu turno, lendo a oração nos Annales, descobriu nela a síntese dos ideais de justiça e paz que ele acreditava serem os de seu antepassado normando, Guilherme o Conquistador (!), expressos no seu suposto testamento do século XI. E, no contexto dos sofrimentos da Grande Guerra, iniciada em 1914, enviou o texto da oração ao papa Bento XV, apoiando os esforços do Pontífice pela paz. A novidade está em que o Marquês, mesmo citando suas fontes (La Clochette e Annales), intitula a oração “ao Coração de Jesus” e a declara inspirada no mencionado testamento de Guilherme o Conquistador. E é esse texto, com esse título, que aparece no jornal oficial da Santa Sé, o L’Osservatore Romano, em data de 20.01.1916, já numa tradução italiana. Uma semana depois é a retradução do texto italiano para o francês que aparece no jornal parisiense católico La Croix, em 28.01, ainda sem qualquer atribuição a São Francisco de Assis. No entanto, a opinião do Marquês, que apresentou a prece como “inspirada” no suposto testamento de Guilherme o Conquistador, contribuiu para que começasse a difundir-se a opinião de que se tratava de um texto “muito antigo” (p. 69).


No capítulo 6o, o autor mostra como começou, indiretamente, a atribuição a São Francisco de Assis. Foi através de um santinho, impresso em Reims, na França, logo após a guerra de 1914-18, por iniciativa do capuchinho Pe. Benoît. No santinho, que estampa a figura de São Francisco de Assis, se encontra, no verso, o texto da oração, intitulada agora “Oração pela Paz” e recomendada aos membros da Ordem Terceira franciscana, mas ainda sem atribuí-la ao Santo. A conexão, no entanto, indiretamente, já estava feita. Por volta de 1925, a oração começa a ser difundida em ambientes protestantes da França, através do pastor valdense Jules Rambaud, então empenhado na reconciliação entre franceses e alemães. Nesse mesmo ano, um oficial protestante alsaciano, Etienne Bach, adota a oração como texto oficial do seu movimento e a publica no Boletim dos Cavaleiros da Paz, difundindo-a, a seguir, por todos os meios possíveis. Um cartão postal, impresso com o texto da oração, em 1927, a intitula “Oração dos Cavaleiros da Paz”. E são eles, os protestantes franceses, que, em agosto de 1927, pela primeira vez a imprimem com a indicação: “atribuída a São Francisco de Assis”, sem explicar, porém, essa atribuição (p. 81).

“Um sucesso mundial” é o título do capitulo 7o, no qual o autor informa sobre a difusão do texto da oração nos vários países da Europa. Na Inglaterra, a difusão começou entre os anglicanos, que a publicaram pela primeira vez em 1936, intitulando-a “A prayer of Saint Francis”. Na Suíça, em Genebra, uma senhora protestante, Mlle. Martin, que conhecera a oração, crê que ela possa servir à causa da paz e consegue que a traduzam para o alemão. É essa tradução que começou a difundir-se na Alemanha, após a guerra de 1939-45. Ainda na Suíça, o poeta Lanza Del Vasto difunde o texto francês em ambientes católicos, a partir de 1939. Em 1945, entre os textos suplementares da liturgia calvinista renovada, em Genebra, encontra-se a nossa oração, atribuída a Francisco de Assis e representando a Idade Média cristã (p. 90). Em 1940, nova tradução alemã do texto aparece na Áustria, em Salzburg, em ambiente católico. Nos Estados Unidos, o movimento católico dos Cristóforos, fundado em 1945, tomou a oração como sua e a difundiu largamente pelos jornais, pelo rádio e, logo, pela TV. Da mesma forma, o senador católico Hawkes, que comentou a oração no senado americano em fevereiro de 1946, difundiu-a por centenas de milhares de exemplares através de todo o país, como sendo a oração “de São Francisco de Assis” (p. 95). Na França, a primeira atribuição da oração a São Francisco em ambiente católico data de 1947, na revista L’appel de la Route, do movimento “Companheiros de São Francisco”, fundado por Joseph Folliet. A mesma atribuição é assumida pela revista internacional Pax Christi, em 1951.

A partir de 1946, quando pela primeira vez a oração “de São Francisco” inspirou uma composição musical em inglês, têm-se sucedido e multiplicado as melodias inspiradas no texto. Em 1982, por ocasião do oitavo centenário do nascimento do Santo, catalogaram-se mais de quarenta composições, só em francês e em inglês. No Brasil, é conhecidíssima a melodia do jesuíta paraguaio radicado entre nós, Pe. Narciso Irala, desde a década de 70, bem como as melodias de Frei Fabretti e de Frei Luís Carlos Susin. E o autor assim conclui a sua resenha da difusão internacional do texto: “Graças às melodias, aos santinhos e cartões postais e às coletâneas de orações, encontramos hoje, espalhados pelo mundo, milhões, mesmo dezenas de milhões de exemplares desta prece, publicada anônima em 1912 na modesta revista do Pe. Bouquerel. Este sucesso mundial é reforçado pelo uso público que dela fizeram e ainda fazem as mais diversas personalidades de renome internacional” (p. 110).

A essas personalidades o autor dedica o capítulo 8o, no qual recolhe os testemunhos de Lanza Del Vasto, fundador da comunidade gandhiana da Arca; do nosso Dom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda-Recife, no final do seu livro O deserto é fértil, de 1971; do Conselho Ecumênico das Igrejas, reunido em Nairobi, no Kenya, em 1975; da bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá, que a recitou em Oslo, Noruega, em 1979, na cerimônia de aceitação do Prêmio Nobel da Paz; da Primeira-Ministra britânica Margareth Thatcher, conhecida como a “Dama de Ferro”, ao assumir o seu encargo em 1979; do arcebispo sul-africano Desmond Tutu, também detentor do Prêmio Nobel da Paz em 1984, famoso por seus esforços para superar o apartheid; do nosso papa João Paulo II, na Jornada mundial pela Paz em Assis, em outubro de 1986, diante dos representantes das religiões mundiais; do Encontro Ecumênico Europeu de Basiléia, em 1989, que em seu documento final retomou a oração, ampliando o primeiro pedido: “Senhor, faze de nós instrumentos da tua justiça; faze de nós instrumentos da tua paz; faze de nós instrumentos da renovação de todas as coisas” (p. 121).
não há foto

Entre os comentários publicados sobre a oração, o autor cita Francisco, a Bíblia dos pobres, editado pelo franciscano holandês Auspicius van Corstanje em 1976. E cita igualmente o livro de Leonardo Boff, A oração de São Francisco. Uma mensagem de paz para o mundo atual, publicado no Rio de Janeiro, em 1999. No mesmo ano, em São Francisco da Califórnia, nos EE.UU., o teólogo americano Kent Nerburn lançou o seu comentário, intitulado Make me an Instrument of your Peace (p. 124).

O capítulo 9o do livro é mais técnico: faz um levantamento das diferentes variantes que o texto da oração foi assumindo ao ser divulgado e, depois, traduzido em tantas línguas. E o autor conclui assim a pesquisa: “Todos os textos que hoje conhecemos podem ser ligados, direta ou indiretamente, ao texto aparecido em La Clochette, em 1912. Isto confirma, uma vez mais, que lá está o texto-fonte de onde provieram todas as variantes, quer francesas quer nas traduções...” (p. 139).

O capítulo 10o, último do livro, faz um balanço geral da pesquisa. Lembra que o primeiro a contestar a atribuição a São Francisco é um franciscano francês, Pe. Barbier, que, já em 1945, argumentava que “a oração geralmente atribuída a São Francisco de Assis... não é dele” (p. 142). Outro franciscano, desta vez nos Estados Unidos, Pe. James Meyer, numa antologia comentada dos escritos de São Francisco, em 1952, também contesta a atribuição ao Santo. Em compensação, cita uma bem-aventurança de Frei Egídio de Assis, discípulo de Francisco, no século XIII, formulada assim: “Bem-aventurado é aquele que ama e não deseja ser amado; aquele que serve e não deseja ser servido; aquele que teme e não pretende ser temido; aquele que é bom para com os outros e não pretende que os outros o sejam para com ele” (p. 144). Em 1958, o capuchinho francês Pe. Willibrord, escrevendo à revista franciscana holandesa, também informa que a oração atribuída a São Francisco não se encontra em nenhum documento escrito pelo Santo. Em 1968, o luterano alemão Frieder Schulz publica um longo artigo sobre a história da oração, descartando sua origem franciscana e situando sua aparição “por volta de” 1913. Em 1975, outro franciscano francês, Pe. Jérôme Poulenc, escreve um artigo sobre “a inspiração moderna” da oração atribuída a São Francisco. Em 1996, nos Estados Unidos, Pe. Regis Armstrong traduz e publica, na revista franciscana de New York, os artigos já mencionados de Willibrord, Schulz e Poulenc, para desfazer o equívoco da atribuição a São Francisco (p. 155).

Concluindo seu livro, que é uma pequena enciclopédia sobre o tema, o autor apresenta a lista das ocorrências da oração em francês, desde seu primeiro registro em La Clochette, em 1912, seguindo-se as ocorrências em inglês, alemão, italiano, holandês, espanhol, português, sueco, norueguês, dinamarquês, tcheco e esperanto (p. 161-195). Oferece também ampla bibliografia (p. 197-202) e Índices complementares. Assim, Christian Renoux oferece-nos os passos e o resultado atual dessa pesquisa, que interessa a todos nós, sobre a origem surpreendente desta oração que realmente nos toca a todos e que, mesmo não sendo de São Francisco de Assis, corresponde tão bem ao seu espírito, que é o
espírito do Evangelho.

Les Éditions Franciscaines, 1v. br., 175 x 115mm, Paris 2001, 214 p.

Ney Brasil Pereira*
ITESC
Caixa Postal 5041
88040-970 Florianópolis, SC/BRASIL
email: neybrasi@terra.com.br

Fonte: http://www.itf.org.br/index.php?pg=conteudo&revistaid=6&fasciculoid=114&sumarioid=1672

Espero que este artigo tenha esclarecido a dúvida sobre a oração. Embora ela traduza tudo o que Francisco sempre viveu, mesmo sem te-la composto.

13 de janeiro de 2007

Durval Discos

Assisti hoje ao filme DURVAL DISCOS. Difícil. Aconselho a quem quiser entende-lo que leia todas (!) as críticas do filme em: http://adorocinema.cidadeinternet.com.br/filmes/durval-discos/durval-discos.htm

Lá há opiniões muito boas que ajudarão a entender a complexidade da obra. Destaco uma delas:

"Sávio Ranghel, Leitor do Adoro Cinema - Nota 9:

""Durval discos" é uma das maiores produções brasileiras dos últimos tempos. fico abismado com o fato de que muita gente não entendeu o filme, criticando a narrativa sem o mínimo fundamento teórico. é claro que filme não é para teóricos letrados, filósofos etc. mas o conteúdo do "durval" expressa uma reflexão em psicologia extremamente significativa, sobremaneira no que diz respeito à psicanálise. quem criticou o filme dizendo que ele era um plágio de "alta fidelidade" nunca ouviu falar de psicanálise... dormiu mais de um século; quem não gostou do filme dizendo que ele não tem roteiro, deveria ter ido assistir aos "filmes da xuxa"; e tanto um como o outro sequer entenderam as proposições da narrativa. para vocês é bom deixar claro: "durval discos"´é um filme sobre submissão; sobre obsessão; masoquismo e sobre contrastes psíquicos que estruturam a personalidade humana, ok... não é um clichê hollywoodiano, ok. trata-se de uma narrativa complexa, em um só cenário, daí a sua riqueza; de diálogos reflexivos e contundentes. é uma narrativa "violenta", extraordinária e inovadora. a violência da narrativa está relacionada com a questão dos surtos de dona carmita e com a excessiva submissão de durval. aconselho a quem não entende os pontos abordados no filme a ler um pouco mais nessa vida. dez para o elenco do filme e nove para a narrativa." "

Bom... E a minha opinião? Acho que não é um simples filme de entretenimento - Poderia ter sido (e feito mais sucesso) mas a diretora Anna Muylaerte fez outra escolha, ousando um estudo fabuloso sobre família, solidão e isolamento. Vale a pena com certeza.

12 de janeiro de 2007

Ultravioleta, Eu, Robô, Cassiopéia, Donnie Darko...


Acho que é hora de dar conta do que ando fazendo nas férias. Basicamente, visitar minhas irmãs, ler revisttas (tenho evitado os livros) e assistir filmes.

No centro de SP (região da Luz) comprei vários VHSs a um baixo custo, outras obras puxei pela internet.

Puxei, por exemplo, uma versão em espanhol do cult DONNIE DARKO - filme complexo, que fala sobre loucura, desajuste social e viagens no tempo. Vale a pena. Na rua São João achei uma versão dublada em vhs, mas não comprei pq ja tinha assistido (acredite: o filme é ótimo, mas não conseguiria assisti-lo uma segunda vez , prestando atenção, sem pirar de vez...). Veja o excelente saite: http://www.donniedarko.com/


Também tive tempo para obras mais leves e descompromissadas como ULTRAVIOLETA, filme de sci-fi/aventura com um visual impressioante, quase tão incrível quando IMMORTEL AD VITAM (que é um filme de arte / pouco comercial, projeto do quadrinhista ENKI BILAL) - Os temas de ultravioleta, bem pop, lembram muito EQUILIBRIUM (do mesmo diretor-roteirista), AEON FLUX, MATRIX e até BLADE (! - assista a parte 3 p/ entender melhor....). Valeu, apesar de estar muito atrás de Matrix I (mas, até aí, nem a parte II e III deste filme chegou perto do primeiro...).

Comprei em vhs original o clássico CASSIOPÉIA (1996)- primeiro totalmente feito em computador. Pioneiro, muito bonito e 100% brasileiro. Poucos sabem que foi feito antes do TOY STORY da Disney (e que este não é totalmente feito em computador).
Ironia: este filme brasileiro veio com uma bela capa metalizada, para destacar sua importância. A curiosidade é que a capa foi impressa nos Estados Unidos!

Não devia recomendar o fraco terror A RAINHA DOS CONDENADOS (inspirado em Anne Rice), mas a atrix AALIYAH é impressioante - muito linda, forte, sex... Me lembra uma colega chamada Zizi.

Outra obra que assisti e recomendo (pretendo até passar para meus alunos) é o filme EU, ROBÔ, baseado (bem de leve, mas...) no livro de Isaac Asimov. Gostei.

9 de janeiro de 2007

Censura na rede: Ciccarelli parou o Youtube

Olha o aviso que recebi ao tentar acessar o youtube:

Uma ordem judicial determinou o bloqueio ao acesso do site YouTube (www.youtube.com) por todos os provedores de internet no Brasil.

A determinação foi dada em processo judicial e foi encaminhada para todas as empresas que possuem controle de tráfego de dados internacional e vale por período indeterminado.

Este bloqueio se refere ao cumprimento do ofício nº 07/2007 processo 583.00.2006.204563-4, assinado pelo merítissimo Juiz de Direito Dr. Lincon Antônio Andrade Moura, por decisão da Quarta Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de Sâo Paulo. Portanto, não se trata de um problema técnico por parte da Telefônica e sim do cumprimento de uma determinação judicial.


No entanto, encontrei no saite a saída no saite: http://br-linux.org/linux/bloqueio-como-acessar-youtube-censurado


Furando o bloqueio: como acessar o YouTube censurado

Furar o bloqueio do Youtube é fácil e plenamente legal.

Devido a uma decisão judicial divulgada recentemente, alguns provedores do Brasil já começaram a bloquear o Youtube devido ao vídeo da Cicarelli. Segundo manifestações do juiz do caso divulgadas pela imprensa, entretanto, este bloqueio ao Youtube como um todo não está determinado na sentença, que mandaria apenas bloquear o acesso ao vídeo do casal.

Mas desde a madrugada de sábado, usuários de diversos provedores (temos relatos especialmente de usuários de ADSL do sul do Brasil) perceberam que seu acesso ao site Youtube estava completamente bloqueado, indo muito além da intenção e da própria letra da sentença, segundo seu próprio juiz.

Se o YouTube estiver bloqueado no seu provedor, trata-se de uma medida puramente técnica, e a não ser que o seu contrato com o provedor preveja esta situação, não há nada de ilegal em furar o bloqueio ao Youtube, contornando-o - já que a sentença judicial não determina este bloqueio ao site como um todo, mas sim ao vídeo. Mas nada de assistir ao vídeo, pois este está mesmo proibido!

Veja abaixo o tutorial ilustrado completo.

Selecionando um servidor proxy

O primeiro passo é obter o endereço e porta de um servidor proxy internacional, ou um que fique em um provedor onde não haja o bloqueio. Se você não tiver acesso a nenhum deles, procure por open proxy list no Google, há diversas listas que trazem justamente estes dados.

Como exemplo, veja esta lista, que traz os servidores proxy no seguinte formato: endereço:porta. Assim, o servidor 128.112.139.82:3128 deve ser entendido como sendo o endereço 128.112.139.82 e a porta 3128.

Coloque a lista de servidores proxy nos bookmarks, porque talvez você tenha que testar vários servidroes até achar um com velocidade suficiente.

Configurando seu navegador para acessar o Youtube sem bloqueio

Quando você ativa o uso de um servidor proxy, todo o seu tráfego web passa a ser encaminhado a este servidor, que atua como um intermediário. Portanto, não faça isso em um navegador onde você acesse sites com senhas, bancos, etc. De preferência, use para isto um navegador alternativo, e desative o uso da Proxy assim que não for mais acessar o Youtube.

Os passos a seguir servem para as versões correntes dos navegadores Firefox e Opera. Usei o Opera em Inglês para que os usuários de navegador em inglês possam saber os nomes dos campos - variam pouco de navegador para navegador.

1 - Configurando o Firefox

Passo 1 - Acesse a tela de preferências, clique em Avançado, Rede e Configurações, como na figura acima.

Passo 2 - Selecione "Configuração manual de proxy", preencha o endereço do servidor no campo "HTTP", a porta no campo "Porta", e certifique-se de desmarcar o campo "Usar este proxy para todos os protocolos", como na figura acima.

Confirme clicando em Ok, e você já pode acessar o Youtube. Teste assistindo a este vídeo. Se ficar muito lento ou não funcionar, selecione outro servidor proxy e repita a operação.

2 - Configurando o Opera

Passo 1 - Acesse a tela de preferências, clique em Advanced, Network e Proxy Servers, como na figura acima.

Passo 2 - Selecione a checkbox ao lado do campo "HTTP", preencha o endereço do servidor no campo "HTTP", e a porta no campo "Porta", como na figura acima.

Confirme clicando em Ok, e você já pode acessar o Youtube. Teste assistindo a este vídeo. Se ficar muito lento ou não funcionar, selecione outro servidor proxy e repita a operação.

Sobre bloqueios e censura

A Internet foi projetada para resistir a um ataque nuclear, e tende a rotear ao redor de tentativas de censura e bloqueio - ainda mais em casos como este, em que o próprio juiz que proferiu a sentença confirmou que o bloqueio completo não foi determinado.

Eu testei as dicas acima com sucesso em diversas proxies, e com outras não funciona - as diferenças de velocidade são espantosas. Mas não posso divulgar uma lista das que funcionaram, senão elas rapidamente serão sobrecarregadas, e pagarão o preço por sua disponibilidade. Se cada um procurar as suas, o tráfego se distribuirá de forma mais equilibrada. Não abuse da banda que estes servidores disponibilizam livremente para seu uso.

Compartilhe nos comentários dicas adicionais, se tiver. E sempre que tiver oportunidade, faça sua parte como cidadão para evitar que o pesadelo da censura volte a se abater sobre o Brasil. Desta vez foi apenas uma decisão técnica mal planejada, mas a próxima pode ser pior.

Atualização: Devido ao excesso de tráfego, os comentários desta notícia foram desabilitados temporariamente.

8 de janeiro de 2007

Efeito Borboleta


Gente... finalmente consegui assistir inteiro o filme EFEITO BORBOLETA (2004), e é muito mais do que me falaram. Incrível! Um verdadeiro estudo sobre o tempo e sobre a memória. Lembro que quando era jovem ficava imaginando como seria viajar no tempo e, inspirado no gibi dos X-men: "Dias de um futuro esquecido" (mesma obra que inspirou o TERMINATOR) imaginei um herói chamado Cronusnauta que viajaria apenas usando sua mente. É mais ou menos esta a idéia do filme, mas não tão simples assim... Em vez de focar nos paradoxos ela explora o tal "efeito borboleta" previsto pela teoria do caos.
“Já se foi dito que algo tão pequeno como o bater das asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo”

Vale a pena pensar sobre isto a partir do filme. Leia mais sobre a teoria do caos:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_borboleta





Leia uma boa resenha sobre o filme (comentando inclusive a chamada "versão do diretor", com um final diferente) em:
http://www.rodrigoghedin.com.br/2005/07/12/efeito-borboleta-the-butterfly-effect/

Na rede vários fãs deste filme indicaram também o filme: Donnie Darko

É possível (mas difícil) baixar versão divx deste filme do seguinte saite:
http://www.flogao.com.br/filmesparabaixar

Após fazer os dowloads (em duas partes) de quase 700 mega é preciso descompactar os arquivos usando o programa winrar.

FÁBULA - O PORCO E O CAVALO

recebi por e-mail este texto (ele tem um clima meio "O que podemos aprender com os gansos):

[bombeiros_sp]
O porco e o cavalo.

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário: - Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo. Neste momento, o porco escutava toda a conversa. No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse: - Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado! No segundo dia, deram o
medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse: - Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa! Um, dois, três. No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse: - Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos. Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse: - Cara é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu, Campeão! Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou: - Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa..."Vamos matar o porco!"

Ponto de reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho.
Ninguém percebe, quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso.
"Saber viver sem ser reconhecido é uma arte." " Se algum dia alguém lhe disser que
seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: Amadores construíram a
Arca de Noé e profissionais, o Titanic." Procure ser uma pessoa de valor, em
vez de ser uma pessoa de sucesso.

Tenha Um bom Ano!!!!

Paulo Eduardo PASSOS
Bombeiro de Segurança do Trabalho



P Antes de imprimir pense em sua responsabilidade e compromisso com o MEIO
AMBIENTE!

"Pequenos incidentes hoje podem ser grandes acidentes amanhã, por isso não
deixe para depois o que pode ser corrigido ou ensinado hoje"

7 de janeiro de 2007

Che

Há algum tempo procurava na rede esta foto:
fonte da imagem: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u95362.shtml

Mais info: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI867427-EI294,00.html

Lembrei dela por causa do lançamento de um gibi (coreano!) sobre Che. Fica a dica:

http://www.conradeditora.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2179


Leia uma trecho: http://www.lojaconrad.com.br/trecho/che_p1.asp

4 de janeiro de 2007

Angelina Jolie virou Santa: Culto da Personalidade


Tal como já havia acontecido com Madonna (e no Brasil c/ a roqueira Rita Lee) e musa Angelina Jolie viro "santa", numa critica inteligente à nossa cultura de consumismo que idolatra celebridades como se fossem deuses-vivos, tal qual os antigos reis e heróis. Veja o saite da artista Kate Kretz:

http://katekretz.blogspot.com/2006/12/blessed-art-thou-2006-88-x-60-oil.html

3 de janeiro de 2007

Os gatos do capeta - texto de Teo Victor

Excelente post do saite: http://bichoderondonia.com/tag/humor/
e que exclarece uma boato que ouvi da minha irmã Fe sobre a personagem Hello Kitty.

Os gatos do capeta

Setembro 5th, 2006

Imaginação fértil é uma virtude. Rende boas histórias, boas risadas, boas criações, enfim, uma série de coisas boas. Contudo, infelizmente algumas pessoas possuidoras de uma capacidade tolkeniana de imaginar usam sua criatividade em prol de besteiras sem tamanho. E uma destas besteiras imaginativas que recebi recentemente foi a mensagem ligando Hello Kitty a um pacto com o diabo.

A mensagem original, que recebi de pessoas diferentes com alguns minutos de intervalo no Orkut, está abaixo, letra por letra:

Só estou repassando… Deus te abençoe em nme de Jesus
leia a historia abaixo e descubra….Havia uma menina de cerca de 14 anos q estava em fase terminal de cancer de boca. Os medicos jah haviam tirado todas as esperanças da familia em relação a cura da garotinha. A mãe da menina, desesperada, tomou uma decisão insana. Fez um pacto com o Demônio: consagrou a menina ao Demônio para q ele a curasse e como promessa, criaria uma marca q afetaria todo o mundo ( no caso a Hello Kitty). Posteriormente o Demônio curou a garotinha, e a mãe cumpriu o q havia prometido: criou a Hello Kitty.

A palavra Hello, em ingles quer dizer olá. A palavra Kitty, é de origem chinesa e quer dizer Demônio.

***Logo, Hello Kitty quer dizer: Olá Demônio.***

Vcs pode perceber q a Hello Kitty naum tem boca, devido ao caso da garotinha ter o cancêr de boca.

A Hello Kitty é um simbolo da Nova Era. A Nova Era é uma seita q vai contra todos os princípios de Deus. Ela busca criar simbolos “bonitinhos” para agradar a todos.

Hello kitty quer dizer: ola demonio
Repassando tambem…

Após rir um pouco lendo esta pulha, fiz uma pequena cruzada pela Internet em busca da real história da Hello Kitty. Acessei uma grande quantidade de páginas rosa, cheias de florzinhas, lacinhos e nuvenzinhas. Felizmente ninguém me apanhou nesta ingrata tarefa - quanto tempo eu levaria para explicar a alguém os motivos de eu estar em uma página da Kitty White (este é seu nome)?

Confesso que a história do câncer de boca é criativa, e é a divagação mais elaborada para explicar a ausência de boca da gatinha. Contudo, o autor da mensagem se esquece que no desenho animado da personagem (não, eu não assisti, é claro) ela possui uma boca.

Não encontrei a biografia de Ikuko Shimizu, designer que criou a Hello Kitty em 1974. Mas não acho que seja necessário. Uma designer japonesa, 32 anos atrás, teria uma filha de 14 anos com câncer e, apesar de sua tradição japonesa, em um ataque faustiniano, invocaria o diabo à maneira anti-cristã ocidental? Pois é, não faz sentido, e foi aqui que comecei a rir quando li a história.

Mas realmente rolei de rir foi ao ler a seguinte sequência de raciocínio.

A palavra Hello, em ingles quer dizer olá. A palavra Kitty, é de origem chinesa e quer dizer Demônio.

**Logo, Hello Kitty quer dizer: Olá Demônio.***

Não sei se kitty significa demônio em chinês, mas não faz diferença. Isto me lembra a viagem dos adeptos do nome Yehoshua, que dizem que Jesus significa “deus cavalo”, usando o significado das palavras ye e sus. O que eles esquecem é que ye e sus são palavras hebraicas, e Iesous é uma palavra grega! A essência do erro é a mesma: misturar palavras de diferentes idiomas buscando um significado oculto.


Em sã consciência é possível imaginar-se dizendo “olá demônio!” para esta carinha abaixo?

hello_kitty_jpeg_1.jpg

O diabo, com toda a sua pose de mal, com toda a sua audácia e irreverência, mandaria uma serva sua desenhar uma gatinha branca com lacinho vermelho? Acho que ele não gostou de terem lhe atribuído este desenho…Também é engraçado ver o autor dizer qual é o objetivo da Nova Era:

Ela busca criar simbolos “bonitinhos” para agradar a todos.


Se esta é a real intenção por trás da Nova Era, devo dizer que a intenção do movimento é bastante nobre! O autor erra terrivelmente ao dizer que a Nova Era é uma seita. Não é e jamais foi. Trata-se de um movimento a nível mundial, não centralizado e, pelo menos em parte, não institucionalizado.

Portanto, por tudo isso, o destino desta mensagem só pode ser o lixo ou uma boa diversão. O que me irrita é o desocupado autor da mensagem ter me feito visitar vários sites de pattys em busca da real história.

P.S.: Só mais uma coisa. Os que repassam costumam dizer “só estou repassando”. Isto não é pouca coisa. Repassar uma informação falsa é algo muito ruim.

Algumas referências (não estranhe a predominância do rosa em algumas):
http://www.abril.com.br/noticia/portal/no_93018.shtml
http://www.cutekitty.com.br/i_sobre.php
http://www.portalsonic.com/jbox/hellokitty.htm
http://www.quatrocantos.com/lendas/293_hello_kitty.htm

veja video do youtube:

2 de janeiro de 2007

A Pessoa É Para O Que Nasce

Puxei pelo e-mule o documentário A Pessoa É Para O Que Nasce (2003) . Um filme impressionante. Pretendo passar para meus alunos neste 2007, o que exigirá um certo trabalho de convencimento. Também queria passar ESTAMIRA (2006), mas não estou conseguindo este.




1 de janeiro de 2007

Feliz 2007!

(na foto minhas irmãs Lu, Fe e Ale com minha afilhada Ellen de costas)

Feliz ano bom para todos!

Paz

Prosperidade

Realização!

Melhor momento de 2006

Trecho de apresentação amadora no teatro do CEU dia 17/11/06 em homenagem ao Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

Presente

Neste final de ano ganhei vários presentes, inclusive camisas de minha mãe e um cd do The Who que, curiosamente, veio numa capa do cd BALADA MTV do Barão Vermelho. Muito bom.

The Who: Then and Now (2004) is an album by The Who aimed to
support their comeback single, "Real Good-Looking Boy" and "Old
Red Wine." The set includes hit singles from the 60's, 70's, and 80's.
1. "I Can't Explain" – 2:06
2. "My Generation" – 3:18
3. "The Kids Are Alright" – 2:46
4. "Substitute" – 3:48
5. "I'm a Boy" – 2:37
6. "Happy Jack" – 2:11
7. "I Can See for Miles" – 4:07
8. "Magic Bus" – 3:20
9. "Pinball Wizard" – 3:02
10. "See Me, Feel Me" – 3:24
11. "Summertime Blues" (live) – 3:24
12. "Behind Blue Eyes" – 3:41
13. "Won't Get Fooled Again" – 8:32
14. "5:15" – 4:52
15. "Love Reign O'er Me" – 3:12
16. "Squeeze Box" – 2:42
17. "Who Are You" – 5:07
18. "You Better You Bet" – 5:37
19. "Real Good-Looking Boy" – 5:42
20. "Old Red Wine" – 3:43
Formação clássica: * Pete Townshend - Guitarra, violão, composições,
piano & sintetizador em gravações de estúdio * Roger Daltrey - vocais, gaita
* Keith Moon - Bateria, percussão * John Entwistle - Baixo, instrumentos de sopro
A era clássica do Who (e segundo alguns a própria banda), terminou em 1978
com a morte do inimitável Keith Moon.

Pesquisa