16 de fevereiro de 2010

Zeze Di Camargo declama COURO DE BOI - Respeito aos idosos

Couro de Boi

Tião Carreiro e Pardinho - Composição: Tedy Vieira / Palmeira

(Conheço um velho ditado que é do tempo do zagais, diz que um pai trata dez filho, dez filho não trata um pai. Sentindo o tempo dos anos sem pode mais trabalhar, o velho pião estradeiro com seu filho foi morar, o rapaz era casado e a muie deu de imprica, ou se manda o veio embora se não quiser que eu vá, o rapaz coração duro, com o velhinho foi falar.)

Para o senhor se mudar, meu pai eu vim lhe pedir, hoje aqui da minha casa, o senhor tem que sair.

Leve esse coro de boi, que eu acabei de curtir, pra lhe servir de coberta, adonde o senhor dormir.

O pobre veio calado, pegou ocoro e saiu, seu neto de 8 anos, que aquela cena assistiu, correu atras do avo, seu paleto sacudiu, metade daquele coro, chorando ele pediu.

O velhinho comovido, pra não ve o neto chorando, partiu o coro no meio e pro netinho foi dando.

O menino chegou em casa, seu pai foi lhe peguntando, pra que voce quer esse couro, que seu avo ia levando.

Disse o menino ao pai, um dia vou me casar, o senhor vai ficar velho e comigo vem morar, pode ser que aconteça, de nois nao se combinar, essa metade de couro, vou da pro senhor levar.

11 de fevereiro de 2010

HQ na Internet e Direitos Autorais

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Direitos & Internet

6 de fevereiro de 2010

RESENHA: Meu nome e Radio

resenha para CML EDUCACIONAL

Meu Nome é Radio

titulo original: (Radio)

lançamento: 2003 (EUA)

direção: Michael Tollin

atores: Cuba Gooding Jr., Ed Harris, Alfre Woodard , S. Epatha Merkerson , Brent Sexton

duração: 109 min

gênero: Drama




O filme denuncia a exclusão social que faz com que as pessoas que com necessidades especiais ou qualquer diferença fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. Baseada num personagem real, RÁDIO, que a princípio é alguém rejeitado, apesar de aparentemente feliz. Refletimos sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes apesar das diferenças.

Merece destaque que o feliz projeto de inserção social do personagem Rádio ter sido feito de maneira intuitiva e eficiente por um professor. E mais ainda: utilizando a comunicação e o esporte. O treinador (um professor de educação física) Harold Jones conversa com Rádio, mesmo quando este a principio não responde, o convida para trabalhar na escola, obriga seus alunos a respeitá-lo e afinal o matricula na escola e o coloca para falar na rádio escolar, lhe dando ferramentas para mostrar sua voz a todos. A sequência é inevitável, de excluído Rádio passa a herói, e de mero ajudante do professor ele se torna também um treinador. A cena final, mostrando as pessoas reais que inspiraram os personagens do filme, é belíssima, cheia de esperança.

No filme Harold revela que não queria repetir com Rádio um erro que cometeu ainda na sua infância: ao descobrir preso numa casa uma criança deficiente, que não podia brincar nem ir na escola (como tantos ainda hoje), ele simplesmente não fez nada. A maioria nós não faz nada, achando isso natural. Como professor, Harold tinha consciência que isto não é natural, todos merecem espaço na escola, merecem serem vistos e respeitados e podem, se quiserem, dar o seu recado, mostrar a sua voz na rádio, no conselho, no jornal, no grêmio, nas assembleias, no recreio... É um manifesto pela inclusão e a igualdade de direitos.



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