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11 de fevereiro de 2010

HQ na Internet e Direitos Autorais

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Direitos & Internet

28 de fevereiro de 2009

Pela descriminalização do professorado Por Sérgio Haddad* (reblogado)

LER TAMBÉM:
Textos para polemizar sobre educação
http://ekalafabio.multiply.com/journal/item/313


e
Professor nota zero.
http://www.amarribo.org.br/mambo/index.php?option=com_content&task=view&id=2865&


Retirado da comunidade orkut "Professores da Prefeitura de São Paulo"

Pela descriminalização do professorado

Por Sérgio Haddad*

Estamos mais uma vez vivendo uma forte presença pública de parte da mídia e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo criminalizando o professorado pelas mazelas do sistema público de ensino. Desta feita, o tema é o chamado "Professor Nota Zero". Trata-se da polêmica criada pela secretaria de educação e o sindicato dos professores, a APEOESP, em função da mudança de critérios para contração de temporários, não mais pelo tempo de serviço e titulação, mas sim pelo desempenho em uma prova em que alguns professores não acertaram nada. A APEOESP entrou na justiça para garantir a manutenção do critério anterior.

Os detalhes desta polêmica não vêm ao caso; o que fica para a sociedade é a imagem do professorado que tem por responsabilidade ensinar as crianças e os jovens na escola pública de São Paulo e que não consegue acertar um item em um teste. Sabemos agora, com clareza, quem é o responsável pela péssima qualidade do ensino; como cravou o colunista Gilberto Dimenstein na FSP de domingo, dia 15 de fevereiro: "Pela primeira vez o país teve uma noção mais precisa sobre a qualidade dos profissionais que estão em sala de aula".

Não é de agora que parcelas do setor público e da mídia procuram incriminar o professorado. Já haviam sido golpeados anteriormente por estes mesmos setores ao serem chamados de vagabundos e irresponsáveis em função das inúmeras faltas às aulas por motivos de doença. Anos antes foram criminalizados por deixarem o alunado sem aulas, como conseqüência das seguidas greves realizadas ano após ano por melhores condições de trabalhos.

Nos anos noventa, com a entrada em massa da população no ensino fundamental, a culpa recaía sobre o alunado. A escola pública, ao abrir suas portas para os pobres, ao se democratizar, "empobrecia" a escola, pois recebia uma população sem cultura escolar, cujos pais não tinham freqüentado a escola. A presença destes setores faria cair a qualidade do ensino, diziam. De qualquer forma, seja o alunado anteriormente, seja o professorado agora, a culpa, mais uma vez, é da vítima.

Não me alinho aqui à defesa incondicional da categoria do professorado. Mas não vejo porque temos que colocar toda a responsabilidade pelos males da péssima qualidade do ensino em suas mãos. É injusto e uma forma de tirar o foco da responsabilidade do poder público.
Vejamos este caso específico onde uma grande quantidade do professorado conseguiu um desempenho abaixo da média, cerca de 40 por cento e 1.6% não conseguiu pontuar entre os 240 mil professores. De fato, são dados críticos. Mas se olharmos este fato de forma mais acurada podemos perceber a verdadeira dimensão deste problema.

Em primeiro lugar é importante conhecer a natureza destas provas, reconhecidamente mal feitas e com erros, conforme denunciou a APEOESP e editorial da FSP do dia 11 de fevereiro. Além do mais, todos os estudos demonstram que processos de avaliação de massa devem servir apenas como parâmetros gerais por não levarem em conta as especificidades naturais de grupos sociais e ambientes de trabalho. Para serem justos, devem ser combinados com avaliações de desempenho em processos no ambiente de trabalho, auto-avaliações e instrumentos que identifiquem as dificuldades individuais para melhor poder corrigi-las.

A quem podemos imputar culpa nas dificuldades encontradas no desempenho nestas provas?

Todos nós sabemos que houve uma clara desvalorização da carreira docente realizada pelos órgãos públicos ao longo das duas últimas décadas. Não foi o professorado que produziu esta situação, ao contrário, ele procura realizar o seu trabalho de forma honesta mesmo baixo condições indignas.

Quem produz professores e professoras sem condições para o exercício da sua profissão? Parte vem das universidades públicas, portanto, o mesmo poder público que critica é o responsável pela formação do professor criticado. Se não são as universidades públicas são as faculdades privadas, onde a maioria do professorado é formada. E de quem é a responsabilidade por fiscalizá-las se não a do mesmo poder público que hoje criminaliza os professores?

O professorado das redes públicas foi formado na mesmo escola pública onde hoje leciona. Grande parte fez a sua escolarização básica e depois a sua formação superior ao mesmo tempo em que trabalhava para ganhar a vida, com todo o sacrifício que representa estudar à noite, dormir pouco, ter pouco tempo para estudar, com fins de semana cheios de responsabilidades com afazeres domésticos etc. Apesar disto este professor consegue o seu diploma, quer exercer o seu ofício, presta provas e é acusado de ignorante, despreparado, criminalizado por tentar exercer o direito de trabalhar na profissão que conquistou a duras penas, pagando caro e de forma honesta. Por que os professores nota zero não foram ouvidos pela imprensa para saber da sua história de vida? Por que o professor não tem voz apenas os responsáveis pelos órgãos públicos e o sindicato? Por que ainda vigora no maior estado do país a "lei da mordaça" que proíbe professores e professoras de se comunicarem com a imprensa?

Hoje os temporários são 100 mil, 43% dos 230 mil docentes da rede pública do estado. Por que a secretaria de educação não realiza concurso, efetiva seus professores, estabelece um programa de formação em serviço, com avaliação de desempenho e plano de carreira? Por que a secretaria da educação opta por professores precários que pouco estímulo tem para permanecer em um local onde trabalha, com baixa remuneração, em condições difíceis, podendo ser dispensado a qualquer momento?

Mudar a escola pública exige investimentos, exige uma política de valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da educação, exige motivação e trabalho coletivos, exige respeito à prática do professorado, pois é só a partir desta prática é que pode ser avaliado o seu trabalho, podem ser identificados os seus limites e seus valores, podem ser criadas as condições para um trabalho de equipe e a partir da unidade escolar.

Este é o professorado que temos, e é necessário trabalhar com ele e não contra ele, descriminalizando-o por todos os males do ensino público.

* Sérgio Haddad é economista, doutor em educação, coordenador geral da Ação Educativa e diretor presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos


22 de novembro de 2008

Seminário Internacional SME

Seminário SME (Secretaria Municipal de Educação) “Olhares à educação: fazer e aprender na cidade de São Paulo”.

Nossa escola EMEF Fernando Gracioso participa como parte do Programa Nas Ondas do Rádio integrado aos projetos desenvolvidos na Sala de Informática Educativa.

Veja apresentação de slides feita pelo POIE (professor orientador de informática educativa) Fábio Rogério Nepomuceno:

6 de abril de 2008

Fotos do Curso Astronomia (publicadas no Flickr)



www.flickr.com








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15 de fevereiro de 2008

Marcos Bagno na "Caros Amigos" 131

Merece propaganda gratuita revista Caros Amigos n. 131, fevereiro de 2008, com o linguísta Marcos Bagno na capa.
O reconhecimento pode tardar, mas não falha. O que este cara fala é importante porque é justo. Vale a compra.


Retiro de:
http://carosamigos.terra.com.br/nova/ed131/entrevista_marcos.asp



"É preciso acabar com a cultura do erro"


Certamente por ignorância, a gente "descobriu" só agora um representante do grupo de lingüistas que está virando de cabeça pra baixo o português que todos aprendemos na escola. Ele vem informar que o que vale agora é o português brasileiro, a lingua que o povo fala, que as famílias falam, que nós falamos, e não aquela que pregam os manuais de redação ou os "consultórios" gramaticais dos jornais. Apostamos que a maioria de vocês, leitores que sabem ler, será surpreendida por este papo impressionantemente revelador com o autor do livro Preconceito Lingüistico (hoje na 49º edição), Marcos Bagno.

entrevistadores carlos azevedo, mylton severiano, marcos zibordi, mariana santos, michaela pivetti, renato pompeu, roberto manera, rodrigo aranha, thiago domenici, vinícius souto, sérgio de souza / fotos marcos muzi


trecho 1

THIAGO DOMENICI Quando começou o seu interesse pela lingüística?
Desde criança me interessei por línguas em geral, pelo fenômeno da linguagem, sempre gostei de ler e de escrever, e aí, conseqüentemente, inventei que queria ser escritor.


MYLTON SEVERIANO Paulistano?
Não, mineiro, de Cataguazes. Mas desde cedo a família saiu de lá e a minha formação básica foi no Rio de Janeiro, depois Brasília, onde comecei a graduação em letras, e terminei na Universidade Federal de Pernambuco, fiz lá o mestrado em lingüística. Depois o doutorado em língua portuguesa aqui na USP. Por causa do meu histórico familiar – meu pai foi militante do Partido Comunista –, tentei achar um caminho que pudesse associar o meu interesse pela linguagem às questões sociais, antropológicas, políticas. Acabei chegando na sociolingüística, disciplina que trata dessas relações da língua e das pessoas que falam as línguas. Existe na universidade uma certa corrente que gosta de estudar a língua como se ela fosse falada por ninguém, sem levar em consideração os fenômenos sociais inevitáveis que circulam em torno do uso da língua em sociedade.



trecho 2

MARCOS ZIBORDI A linguagem da Internet é necessariamente um rebaixamento da língua?
Do ponto de vista científico, a gente nunca fala que existe uma forma mais nobre ou inferior ou mais rebaixada de usar a língua. Na Internet há um uso da língua com suas características e suas peculiaridades e a gente tem que encarar dessa maneira.


"Não existe norma mais nobre ou inferior de usar a lingua"



trecho 3

CARLOS AZEVEDO A gente ouve dizer que a língua está se vulgarizando, perdendo a sua harmonia, a sua beleza. Isso está acontecendo ou é uma visão preconceituosa?
É recorrente esse discurso de que a língua de hoje representa um estado deteriorado de uma suposta época de ouro no passado. A gente encontra isso em qualquer língua, em toda a história, desde pelo menos o século 3 a.C., e para o lingüista isso não faz o menor sentido. As línguas se transformam, mudam nem pra melhor, nem pra pior, simplesmente mudam para atender às necessidades cognitivas e interacionais de seus falantes. Porque, se quiséssemos manter a pureza do português, teríamos que falar latim, mas o latim já é uma língua derivada de outra, então, se a gente quisesse manter a pureza do latim, a gente teria que falar indo-europeu, que é uma língua falada 5.000 anos antes de Cristo.


A edição CA131 impressa com a íntegra desta entrevista JÁ ESTÁ NAS BANCAS!

Ou leia aqui mesmo artigos relativos a este assunto em:

http://ekalafabio.blogspot.com/2007/11/fhc-o-portugus-correto-e-outras.html

(texto do colega Carlos Carota)

e

http://ekalafabio.blogspot.com/2006/08/morfossintaxe.html


15 de janeiro de 2008

Textos para polemizar sobre educação

Textos cuidadosamente escolhidos para polemizar sobre educação e provocar os professores, nos deixando até com raiva. Mas talvez a raiva seja um combustível para a mudança que almejamos.

Escola formal não serve para educar


saiu na Folha, entrevista com Tião Rocha:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u348104.shtml

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A indisciplina e a agressividade são defesas legítimas e necessárias para o aluno em um sistema opressor

Texto excelente com um olhar anarquista sobre a nossa educação:

http://anjomecanico.blogspot.com/2005/07/indisciplina-e-agressividade-so.html

O Curso de Pedagogia no centro das medidas atuais

Texto de Paulo Ghiraldelli Jr: http://blogmestre.org/blog/o-curso-de-pedagogia-no-centro-das-medidas-atuais/

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Professor não é coitado

Com certeza o mais famoso e criticado texto já escrito por Gustavo Ioschpe, economista que escreve para a revista Veja:
http://veja.abril.com.br/gustavo_ioschpe/index_071207.shtml


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Do mesmo autor destaco também a sequência:

O Professor desvalorizado

http://veja.abril.com.br/gustavo_ioschpe/index_101 207.shtml



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Cremilda na escola

Blog da Cremilda, especialista em falar mau dos maus professores:

http://cremilda.blig.ig.com.br/

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