30 de outubro de 2005

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Xul Solar

Infelizmente, não sei muito sobre Alejandro Xul Solar, nem sobre o ocultismo que ele pesquisava. Mas assim que fiquei sabendo da exposição na Pinacoteca do Estado fui correndo dar uma olhada porque há muito tempo ouço falar deste artista.
Sei que ele ilustrou livros de Borges e foi leitor de Aleister Crowley e Helena Blavatsky - Na pincoteca estão expostos exemplares dos livros que ele lia!

É um "experimentador", no sentido de buscar novas formas de expressão, muito próximo do surrealismo e da arte primitivista.
Achei alguns sítios que falam sobre ele e valem a consulta:


http://www.ciencia-hoy.retina.ar/hoy37/xulsolar4.htm

http://www.paseosimaginarios.com/xul/aleistercrowleyhombreobestia.htm

http://xulsolar.org.ar/index1.htm

Tudo em espanhol.

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Dicas de sítios

Achei dois arquivos de trailers. Tem até Greta Garbo!
http://digitalhistory.uh.edu/trailers/trailers_year.cfm

http://henancius.martin-scorsese.net/henancius/trail_t.html

Este outro traz dicas sobre Língua Porguesa. Ainda não sei julgar se vale a consulta (ou se é inútil como a maioria dos sítios de dicas), mas deixo registrado:
http://www.linguativa.com.br/dicas_busca.asp

27 de outubro de 2005

Palestra de Ferréz

Assisti ontem numa biblioteca municipal palestra do escritor Ferréz.
Como sempre (nos artigos e na transcrição de palestra do sesc que li, e no programa sobre "literatura marginal" da tve que assisti) foi crítico e engajado, dando conselhos para os jovens sobre o valor da literatura e o esforço pessoal.

Um momento alto foi a parábola da mancha que ele contou. Num dia de melhor vontade vou tentar reproduzi-la por escrito.

Proposta de Trabalho como Educador Comunitário

Proposta de Trabalho como Educador Comunitário na EMEF XXX
São Paulo, 27 de outubro de 2005

– De acordo com a Portaria 6617, 11/10/2005 do Diário Oficial da Cidade de São Paulo 12/10/2005, página 15.
.

Pretendo participar do projeto “São Paulo é uma Escola”, atuando como Educador Comunitário em projetos que promovam a utilização dos recursos da cidade e prioritariamente do entorno da escola EMEF XXX, desenvolvendo ações que contemplem a comunidade como espaço de aprendizagem. A referência será o desenvolvimento de atividades com temáticas como ética, direitos humanos, convivência democrática, inclusão social, saúde, reciclagem, ecologia e diferentes linguagens de comunicação social, dando prioridade a atividades que favoreçam o desenvolvimento de práticas competentes de leitura e escrita.
Atuando como professor e em sintonia com as ações do Pré e do Pós-Aula, espero fazer a ponte entre os recursos do CEU, as novas propostas da SME, Secretaria Municipal de Educação, e o Projeto Pedagógico de nossa EMEF.
Não tenho experiência como educador comunitário e estou atuando como professor há apenas quatro meses, por isso desde já comprometo inscrever-me no curso de “Educador Comunitário” assim que a SME abrir novas turmas, conforme solicitado pela Portaria 6617.
Entretanto, deixo claro que me sinto plenamente capaz de contribuir para o sucesso do programa “São Paulo é uma Escola”, por serem seus objetivos uma preocupação pessoal; passei grande parte do meu curso de graduação e de licenciatura fazendo pesquisas no caminho de uma nova educação, mais democrática, participativa e integrada com a sociedade.
Como parte das atividades de educador comunitário atuarei junto com os arte-educadores do projeto pré e pós-escola, estabelecerei contatos e parcerias com a comunidade, o comércio local e aparelhos culturais do município de São Paulo e, já que sou graduado em Língua Portuguesa, poderei formar oficinas de redação com até 20 alunos por turma.

Pequeno Resumo de meu Percurso Profissional

Tirei meu título de bacharel em Letras pela FFLCH/USP em 2004 e no início do ano de 2005 fui licenciado como Professor de Português pela FEUSP, que continuo a freqüentar às quintas feiras, à noite, cursando licenciatura em Lingüística. Atualmente sou professor de Português no primeiro período, dando aulas paras as turmas, 5ª B, 6ª A, B e C e 8ª B.
Antes de trabalhar como professor fui Auxiliar Técnico Educacional, trabalhando em secretarias de escolas públicas por quase dois anos. Conheço bem a rotina escolar e estou acostumado a tratar com sua diversidade de público.
Trabalhei por quase oito anos numa única empresa particular, transportadora de encomendas e passageiros rodoviários. Nesta empresa desempenhei várias funções, de auxiliar de carregamento e vendedor de bilhetes rodoviários até encarregado de agência, estando acostumado a serviços de responsabilidade e trabalho em equipe.
Espero sinceramente que minha experiência prática e teórica, que agora se consolida na sala de aula, me tornará capaz de buscar um novo sentido para a educação através do trabalho diferenciado de Educador Comunitário.

Atuação Conjunta

Tenho um entrosamento profissional bastante satisfatório com a Direção e a Coordenação da escola e estou disposto a buscar parcerias com lideranças comunitárias da região, artistas e comerciantes, além de outros mecanismos públicos como Postos de Saúde e até mesmo outras escolas.
Nossa escola está localizada numa região privilegiada, tanto em termos de construções, quanto em termos de recursos naturais, mas também sofre com uma série de dificuldades típicas de São Paulo, como a pobreza, o lixo e a poluição; o que exige que sua população seja chamada para uma ação mais política e pedagógica, a fim de garantir melhorias na região e a formação de uma nova geração de cidadãos capazes de agir com mais eficiência contra os problemas que hoje enfrentamos. Creio ser esta também uma articulação que pode ser favorecida pelo Educador Comunitário, transformar a cultura em algo vivo, uma ação do hoje.

OS RECURSOS DA LINGUAGEM

Método de Ensino

Precisamos prever posturas para nós educadores sermos mais eficientes na formação do educando, no mínimo, em termos de comunicação (no mínimo) na modalidade escrita. Digo no mínimo, porque na medida do possível (sempre) deve ser levada em conta a modalidade oral, predominante em nossa comunicação, que exerce grande influência na escrita. Muitos dos chamados “erros” de escrita, suspeitamos, são na verdade transposições pouco trabalhadas da linguagem falada; por outro lado, alguns alunos competentes na escrita, são confusos e tímidos na comunicação oral.
Uma primeira postura é não pré-julgar. Isso está sugerido nas experiências escolares dos quais temos notícia. O educador deve ser também um pesquisador – não para criar teses e teorias, mas para entender seus educandos e construir, em conjunto com estes, uma prática educativa eficiente. Os seus problemas, suas potências, suas necessidades práticas não devem ser “adivinhados”, mas buscados.
Em material oficial da prefeitura de São Paulo, Vale e Couto (2003) dizem que “A pesquisa do universo vocabular, das condições de vida dos educandos é um instrumento que aproxima educador-educando-objeto do conhecimento numa relação de justaposição, entendendo-se essa justaposição como atitude democrática, conscientizadora, libertadora, daí dialógica”. Mas isso não é algo “dado” ao educador. Mesmo nesta prefeitura ou nos melhores sistemas de ensino os recursos para a “pesquisa” dentro do processo educacional (por exemplo: horas livres) são escassos, se não inexistentes. A propaganda está longe da realidade.
A questão do currículo, a decisão sobre o que e como deve ser ensinado, o conceito de “projeto político pedagógico” devem ser repensados com vistas a criar uma escola com este tipo de abertura e autonomia para o educador. Esse é também um espaço, assim como a autoridade na sala de aula, que precisa ser conquistado pelo educador. Mais um detalhe: se a família precisa ser conquistada para participar com a escola no processo de ensino do educando e na reconstrução dos conceitos “escola” e “sociedade”, também esta é uma obrigação para a qual o educador precisa se preparar. Para muitos, a escola é o único espaço público acessível, sendo talvez o melhor espaço para se desenvolver a cidadania.
O mundo mudou. A escola está mudando. O que ela é parece um problema, o que será é uma promessa. Tenho plena consciência, como profissional na linguagem que sou, de que só há uma prioridade: ler e escrever.
Mas não podemos limitar esta capacidade de leitura à palavra escrita, nem tão pouco o alvo desta leitura aos conteúdos comuns da escola. Como diz Paulo Freire, precisamos aprender a ler o mundo, de uma maneira crítica, de uma maneira ativa. O projeto “São Paulo é uma Escola” e a atuação do Educador Comunitário devem ter isto como meta, o tempo todo.

Compromisso

Uma coisa curiosa. Não falta tanto ao educador “carinho” por seus educandos. Há quem diga isso, que o professor deveria demonstrar mais atenção e emoção por seus alunos. Mas as demonstrações de carinho entre educadores e educandos são freqüentes. Nós gostamos de nossos alunos. De forma que não é esta a chave para se combater as falhas de aprendizagem que a nós todos preocupa.
O problema não é ser atencioso ou exigente, mas reconhecer a identidade do educando, lhe fornecer meios para gostar (em vez de odiar) o conhecimento e ter a oportunidade de refletir este conhecimento e a sua própria situação no mundo, como cidadão de direito e dever no uso e re-criação deste conhecimento.
O principal conhecimento é o uso competente da linguagem. Se o educando não aprende a usar a linguagem, dificilmente será capaz de desenvolver uma postura social contra a violência e a exclusão social. Se a prática de ensino da comunicação e da expressão escrita for uma imposição, dificilmente o educando irá descobrir o saber do aprender por prazer. É isso o que o educador deve propor. Não a mera coleta de “informações” na leitura, mas a leitura pelo entendimento crítico. Não a mera técnica da escrita, mas a escrita da arte, da clareza e do prazer.
Novamente reafirmo que o projeto “São Paulo é uma Escola” pode ser uma ferramenta para tanto, na medida em que seduzir os educandos para agirem na escola, e na nossa cidade, como sua propriedade, como seu espaço de crescimento. Eliminar a falsa idéia de que a escola é um espaço de “doação” e simples “socialização”, para criar um verdadeiro centro social de criação cultural ou, como diz a sigla CEU, um centro educacional unificado. O estudo não está preso na sala de aula e, com certeza, o aprender precisa do fazer.

26 de outubro de 2005

Blade Runner

Sempre é preciso voltar a este clássico. Estou procurando a versão em DVD para usar num projeto que estamos desenvolvendo na escola.

Dica: comentário sobre o conceito de "cidade futurista" do filme

http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq053/arq053_01.asp

24 de outubro de 2005

Morfologia

Dica de texto de Paulo Leminski
http://acd.ufrj.br/~pead/tema10/lingliteraria.html
Linguagem Literária e criação de vocábulos

21 de outubro de 2005

Aquisição de Linguagem

Aquisição de Linguagem é o tema que estou pesquisando agora para um seminário de linguística que irei apresentar com um grupo daqui 2 semanas.

Já achei alguns sítios interessantes sobre o assunto.

http://www.pedagobrasil.com.br/cantinho/vmartins31.htm

www.unipinhal.edu.br/ojs/falladospinhaes/ include/getdoc.php?id=13&article=3&mode=pdf

http://comciencia.br/reportagens/linguagem/ling17.htm

20 de outubro de 2005

rapper MV Bill pelo desarmamento

CULT – Como você vê a questão do desarmamento no Brasil? Pretende votar contra ou a favor do comércio de armas de fogo?MV Bill - Nenhum dos argumentos daqueles que são contra a proibição me convence. Voto sim. Voto a favor da vida, sempre. Quem tem que andar armado é bandido ou polícia, o povo tem que exigir segurança do Estado. Agora, achar que um bandido vai ficar intimidado de entrar numa residência porque lá pode ter uma arma é, no mínimo, inocência. Se você é assaltado e pego com uma arma a morte é instantânea. Vivemos um momento em que os bandidos invadem delegacias, presídios e atiram granadas em camburões. Será que a posse de um [revólver] 38 é a nossa grande resistência?

cito de entrevista no sítio: http://revistacult.uol.com.br/site_mvbill.htm

Dica do colega ALEXANDRE do orkut

"É legal todos darem uma olhada nas matérias publicadas no Jornal da USP antes de votarem no Referendo de Domingo...

Para quem não pegou o jornal, pode acessar pelo endereço:

http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2005/jusp740/pag05.htm


Abraços, bom voto! "


"...Eu não tinha arma ao alcance. Tivesse, também, não adiantava. Com um pingo no i, ele me dissolvia. O medo é a extrema ignorância em momento agudo..." (Guimarães Rosa)

19 de outubro de 2005

Teoria da Fraqueza Humana

Ando com preguiça de escrever. Assim resolvi recuperar alguns textos de que ainda gosto (como o que aparece no post comemorativo de 2 anos do blog). Segue mais um, dividido em duas partes:


Teoria da Fraqueza Humana

O excesso de sentimento, violência ou carinho – ou, ainda, o automatismo técnico, “educação” formal, postura profissional alienada podem revelar a verdade oculta. Há medo nas relações. Fobia e trauma no contato um-outro um.

E o medo não está tanto no poder do outro, quanto na fraquesa do Eu.

Por este prisma, o que uma pessoa está procurando quando se apaixona (tenta, finge ou, sem querer : ama) não é tanto o prazer, mas segurança. Alguém para se abrir sem ter medo de ser destruído. Muita vez as agressões domésticas são toleradas porque a vitima julga que poderia sofrer ataques piores do lado de fora.

E não existe paixão à “primeira vista”, uma simpatia imediata ou atração física faminta? Existe, é visível. Mas muito provavelmente filtrada pela intuição, que busca (insconsciente) o tipo físico ou intelectual que supostamente manifesta uma segurança sentimental e, até, espiritual – no sentido de transcender os limites do tempo humano.

A escolha sempre será errada (com ou sem amor sincero, com ou sem critérios conscientes de avaliação) porque o Um sempre é vulnerável a Outro um - & sempre somos agressores.

P.S.: Pego o exemplo (e peço desculpas por isso) de minha vizinha Lena. Trabalhadora esforçada e de ótimo bom humor, apesar de visivelmente melancólica ou instisfeita. Tem tres filhos pequenos e sempre soube que o marido a traía (segundo dizem as más línguas, era “garoto de programa”, já ela era camareira); mas pareciam viver com poucos conflitos.

Entretanto, quando o mesmo a abandonou para ficar com uma amante, que teve um filho dele, ela passou a beber todo tipo de bebida alcóolica, tomou veneno tentando o suicídio (de rato, que hoje em dia, felizmente neste caso, já não funciona como no passado) e finalmente foi internada no Juqueri com sinais de disturbio psíquico.

Ou seja, foi destruída. É claro que o ser humano é mais forte do que a dor - & apesar de ser tão inesperada tal fraqueza, numa mulher que julguei mais forte do que a média, mas totalmete justificável tal a confiança que as pessoas depositam em “longas relações”, tenho fé que ela conseguirá, com auxílio adequado, recuperar seus cacos & cicatrizar mais bela e amadurecida – ainda que, com certeza, mais amarga. Amargura.

A MÁSCARA DA BONDADE

Se as pessoas usam máscaras para se protegerem – escudos contra o medo do contato Um-outro Um, onde então poderiamos localizar o “homem bom”?

Como posso julgar um indivíduo (indivisível de si mesmo) como bom se ele não age da melhor maneira possível em todas as situações? & como poderia julgar alguém como mal? - Certa convenção, técnica, pune aquele que quebra a lei escrita, independente de qualquer julgamento de maldade ou bondade. Mas a lei pode não ser o mais “certo” para a realidade presente &, de qualquer forma, nunca é aplicada da mesma maneira para todas as pessoas. Há manipulação da realidade.

Obviamente, não busco um ser perfeito, que além de anjo seria santo, por ser forte, ciente e humilde. Mas é preciso que Um nunca se esqueça de quem realmente é & decida por si mesmo a melhor postura. Coesão. Coerência.

originais de 06set2003

FRicoNe.jpg Posted by Picasa

Links

Sítios sobre o assunto LITERATURA, que pretendo pesquisar com turmas de aula para criar apresentações powepoint (tipo slides):

http://www.resenhas.com

http://www.secrel.com.br/jpoesia/poesia.html

http://revistacult.uol.com.br/






É possível guardar qualquer tipo de arquivo num "hd virtual" na rede. Há várias opções. Eu uso a caixa do Yahoo

http://br.briefcase.yahoo.com/bc//home


Meu porta arquivo é:
http://br.briefcase.yahoo.com/ekalafabio

onde há os seguintes arquivos:

1984
.doc
33 KB
3/Jun/2004


Re
.jpg
22 KB
27/Nov/2004


Guirado
.rtf
32 KB
27/Nov/2004


Didática - paper 2

27 KB
28/Nov/2004


Regimento Ceu
.doc
102 KB
1/Dez/2004


O grande inquisidor
.doc
145 KB
16/Dez/2004


GrupoKrisis_-_Manifesto_Co...
.doc
347 KB
28/Dez/2004


horarios jairo
.xls
106 KB
2/Fev/2005


curriculoSuzana
.doc
12 KB
27/Fev/2005


Curriculofabio2005
.doc
13 KB
27/Fev/2005


curriculoModelo
.doc
14 KB
27/Fev/2005


Pesquisa historio
.rtf
462 KB
6/Mar/2005


pinoti2
.doc
183 KB
20/Mai/2005


Reunião Pedagógica 20abr2005
.ppt
920 KB
15/Jun/2005


Ficha aval indiv aluno Nivel 1
.xls
23 KB
4/Jul/2005


Ficha aval indiv aluno 2005
.xls
26 KB
4/Jul/2005

18 de outubro de 2005

2 anos de blog! Ativa Laranjais!

Com esta postagem comemoro 2 anos de publicação de blog! Se quiser ver o início, clique no ícone do meu primeiro blog (do qual este é seqüência): http://urfabio.blogger.com.br . Vá até o primeiro post e veja o por quê de eu ter começado a publicar regularmente um blog.

Segue um poema que escrevi a algum tempo e até tentei musicar. Tente me entender através dele, pois meus atos não são tão transparentes.

LARANJAIS


Senti um nítido estalo em meu peito

Não de START

Mas de que-

bra


A – Tiva!

A – Tiva!

A – Tiva! Aaaaa...


A – Tiva!

A – Tiva!

A – Tiva! Aaaaa...


ativa laranjais ATIVA

ativa laranjais ATIVA


rompe na aurora a cor laranja da renúncia

enche meu peito com o inSUMO da vida!

faz de toda colheita um bornal cheio de comida!

transforma em alegria o fogo do raio da tempestade

enche de alegria este mundo que parece tão triste

AGITA um pouco este tédio mortal e sem cor de nada

faz de mim mais um que sabe cantar e sorrir

me traz um amor que além de lindo É sincero!


ativa laranjais ATIVA

ativa laranjais ATIVA


cobre de verde vivente o cinza frio da cidade


anula a sede deste calor

anula a dor


me traz humildade e força pra aprender a viver!


sobe aos píncaros o sOl amarelo!


ativa laranjais ATIVA

ativa laranjais ATIVA


Traz sabor pra minha vida tão vazia

Me faz sentir o gosto do árvore da vida

Para apagar o fogo do amor no meu coração...

Enche de colorido mais forte que o arco-íris

Minha vista tão cansada de tanto cinza


ativa laranjais ATIVA

ativa laranjais ATIVA


Nada mais faz sentido exceto a felicidade

Toda vida eu plantei a semente certa

Estou sempre tão sozinho

Nunca tive direção

Quando chegar a hora da colheita o sOl me avisará


Quando chegar a hora da colheita o sOl me avisará

Com um banho brando de inspiração

E toda muda que deixei perdida pelos caminhos

Irá cantar no ritmo meu nome com o vento


E toda muda que deixei perdida pelos caminhos

Irá cantar no ritmo meu nome com o vento


Se você quiser me alcançar não poderá correr

Se você quiser me alcançar não poderá correr....


ativa laranjais ATIVA

ativa laranjais ATIVA


***


fábio r. - digitado 17nov2002 / ampliado e revisto em 18out05, a partir da versão cantada gravada em 27dez04.

Sobre o desarmamento

comentando curiosa mensagem divulgada pela rede, que sugere ser a campanha de desarmamento um ato semelhante ao praticado por Hitller antes do genocídio.

O uso de armas, hoje, é EXCLUSIVO da nobreza, agora chamada de burguesia. arma (legal, registrada, para uma pessoa rigorosamento - ou corruptamente?- com porte) é uma coisa cara. e nem foi hitler que desarmou a população! há um sério desconhecimento histórico sobre as circunstâncias da 1ª e da 2ª guerra mundiais e o sistema de governo que deu poder a hitler...

NUNCA foi vontade do povo se opor pela violência extrema contra a opressão do poder econômico. isso só ocorreu em situações muito raras, como, por exemplo, a revolução francesa - e, neste caso, o povo inventou suas armas com seus intrumentos de trabalho. então vieram os burgueses e os militares (como napoleão) e assumiram o poder. por que? porque o povo nunca quis o poder. isso não vai mudar, estando o povo armado ou não. o que precisa mudar é nossa educação, que não favorece a participação política de todos.

arma foi feita para matar.

não serve para trazer segurança. quem reage a uma arma, não importa que esteja armado, estará sempre em desvantagem - isso não é um duelo do velho oeste!

não serve para "espantar" ladrão - se ele souber que em sua casa tem uma arma, aí sim que ele vai invadi-la, para poder roubar a arma (que, repito, é cara)- há uma quantidade gigantesca de comerciantes que têm suas armas roubadas neste país!

não serve para vencer rebeliões (as armas "deles" sempre serão melhores - o que ganha é a força numérica e a vontade... que ninguém tem aqui, nem eu!)

viva a paz.

e que haja política, em vez de tanta perda de tempo com um referendo que não vai mudar nada, vote SIM ou vote NÃO... já que, aqueles que têm porte, não irão perder. e os pobres, que não possuem armas legais, continuarão sem dinheiro sequer para tirar o porte...

17 de outubro de 2005

Simulador de Estacionamento

É um jogo muito curioso. Simples e bonito. Veja em:



http://boi.geness.ufsc.br/videos/voiture.swf

Parece ser um projeto de pesquisa de algum estudante esperto.

16 de outubro de 2005

meninas_sabotagem.jpg Posted by Picasa

Coletivo Sabotagem e Salinger

O Coletivo Sabotagem voltou a atuar livre. Consultem seu sítio. É possível fazer downloads de grandes livros como 1984 do Orwell e O Apanhador no Campo de Centeio de Salinger ; além de artigos inéditos e imagens como a sátira acima ^ / sobre as magníficas meninas super poderosas.

14 de outubro de 2005

Evolução quântica

Um texto muito curioso... mas cuja análise me pareceu correta - O título: Desenvolvimento Intelectual , de Valter Barbosa Junior.
Veja em:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=34749&cat=Artigos&vinda=S


---

Sobre o desarmamento:

Tentei escrever uma parábola sobre o tema - Na verdade, a rememoração de algo que meu pai contava. O diabo inventou a arma com uma única utilidade: matar. (eu cheguei a escrever a historinha, mas sem querer perdi. Se me der uma crise de boa vontade escrevo de novo).

Reitero minha posição pelo SIM ao referendo, apesar de saber o quanto é inútil votar "não" ou "sim" já que tudo vai continuar do jeito que já está - Uma vez que aqueles que já têm porte de arma possuem direito adquirido, o que vai mudar é que as lojas não serão vendidas em lojas.

12 de outubro de 2005

Jardim Videota

Uma colega professora me emprestou o dvd do filme MUITO ALÉM DE UM JARDIM, versão do livro O VIDEOTA de Kosinski . É uma fábula belíssima cheia de piadas sobre a comunicação. Destaco duas cenas: uma em que o herói Chance, interpretado por Peter Sellers, está dentro de um elevador, sentado numa cadeira de rodas e conversa com um mordomo; e a outra em que Shirley MacLaine faz uma rara cena de masturbação feminina. A trilha sonora, excelente, conta com uma versão de also sprach zaratustra (a música do 2001!) arranjada pelo mestre DEODATO.

O filme cita o fabulista russo IVAN KRYLOV (leia uma fábula neste sítio)


O que isso tem a ver com o dia das crianças? Leia a crítica no link da palavra "o videota" que compara o livro com o filme para entender. O que será de nossas crianças? Consiguirão tornar-se adultos saudáveis com o tipo de informação que nós (adultos) lhes estamos empurrando? Não é esta a questão do filme (nem do livro), mas eu te faço essa pergunta...

10 de outubro de 2005

Professor Antonio

O colega Antonio me deu algumas dicas para publicar mensagens no Blogger.
Fica aqui a dica de seu site:

http://profantonio.blogspot.com/

Fábio (ekala) **
* http://ekalafabio.blogspot.com

9 de outubro de 2005

cummings e blade runner

Para quem quer conhecer um pouco de poesia traduzida:

http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/traduo.htm

Tem até e-cummings - impressionante!

morrer tudo bem)mas a Morte

?oh
querida
eu

não gostaria de

Morte se a Morte
fosse
boa:pois

quando(em vez de parar para pensar)você

começa a sentí-la,o do
morrer miraculoso
como?por

que o morrer é

perfeitamente natural;perfeitamente
pondo-
o brandamente vivazmente(mas a

Morte

é estritamente
científica
& artificial &

maligna & legal)

nós agradecemos-te
deus
todopoderoso pelo morrer

(perdoe-nos,oh vida!o pecado da Morte

e. e. cummings


Quando vi BLADE RUNNER pela primeira vez (faz tanto tempo! numa tv preto e branco mal sintonizada...) achei que era o melhor filme de todos os tempos. Pois bem - muito se falou sobre esta obra, li o livro original de PHILIP K. DICK, o próprio diretor RIDLEY SCOTT lançou uma segunda versão e eu continuo fascinado e intrigado.

Veja ótimo texto sobre as "versões" de BLADE RUNNER em:

http://ficcao.online.pt/E-nigma/artigos/bladerunner.html

Dica que li na comunidade orkut de K. Dick

8 de outubro de 2005

Sobrinhos caçulas: Enziel e Pedro

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pedro_frame.JPG Posted by Picasa

6 de outubro de 2005

Ramadan

A poucos dias começou o ano novo judaico, ano 5766. Dia 13 será o dia do perdão, o Yon Kipur.

Também está começando o mês sagrado islâmico do Ramadan. Estamos vivendo um momento cósmico.

Dia 4 de outubro foi dia de são Francisco de Assis. hoje, 6/10, seu discípulo bispo da Barra, dom Luiz Flávio Cappio interrompe jejum contra a transposição do rio são francisco, após negociar com 5 ministros do pres-Lula.


RAMADAN

Foram reveladas as palavras

E elas estão gravadas em minha carne
Dói carregar esta mensagem...
Movo-me delicado - quase dançando, como um leopardo ou um jaguar de Borges

A verdade exige
Um pouco de sofrimento...



4out2005


***


Recaída Adolescente


Nem sei mais se desejo
o que desejo
Seu corpo ou sua felicidade
Em meu egoísmo, eu penso assim, cheio de mim
Com ninguém você seria mais feliz
Só comigo
E sei no entanto que minto para mim
E não sei mais o que quero se não posso querer você
Amar você.

Amo você como amo você
Longe assim, parece até que amo mais... Consigo.
Mas é uma dor que dói no peito.


- Ouço: All is full of Love, da Bjork
Mas meu telefone não toca
Reveso-me
Entre o tédio e a depressão
Moro sozinho, tenho o direito de ficar triste

Mas nem tão triste assim... Não me sinto triste agora
Por isso escrevo.

Mas continua doendo...

Lembro outra: Pois continuo contigo
No tempo e no espaço
Sem interrupção
Entre eu e você

Lembro outra: Há uma distância tão grande
Entre eu e você
Que se eu chorar
Minhas lágrimas caem cristais...

Pro cê vê...


4out2005, noite.


Dica de leitura: O Personagem Livro de Marco Antônio de Almeida

http://www.escritoriodolivro.org.br/leitura/marco.html

1 de outubro de 2005

O que acontece na Amazonia?

cds do chico.jpg Posted by Picasa

acima: foto de meus cds da banda CHICO SCIENCE & NAÇÃO ZUMBI que comentei em postagem recente.
são estes os discos estão sob minha posse:
- da lama ao caos
- afrociberdelia
- chico science & cordel do fogo encantado (cd brinde da revista Trip # 86 )
- csnz (cd duplo, inclui faixas ao vivo e remix)
- baile perfumado (trilha sonora do filme)


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Encontrei um site interessante com informações bem polêmicas sobre a suposta internacionalização da Floresta Amazônica. Vale a consulta, já que este assunto parece ser do tipo que não tem fim...

http://www.geocities.com/toamazon/

Meu quarto

18set05_4.JPG Posted by Picasa

minha mãe, segurando meu 6º sobrinho Pedro Henrique, ao lado Cristina e minha irmã Fernanda - foto tirada no meu quarto, em setembro.

Prova de interpretação de texto

Prova que apliquei nas salas em que dou aulas de português. Confesso que não foi uma ótima idéia, pois as salas estão em níveis bem diferentes, mas me ajudou a perceber o nível de leitura dos alunos.

Esta prova foi adaptada a partir de prova composta pela Vunesp para concuso de Auxiliar de Enfermagem.

O Sobrenome de Joana

Se pelo menos eu tivesse conservado meu sobrenome, suspirava sua mãe em dolorido lamento. Joana, quando criança, ouvia essa reclamação muitas vezes. Dolorido e explicável lamento: a mãe era uma mulher submissa, maltratada pelo marido. Em conseqüência, muito cedo, pensando na mãe, Joana decidiu: manteria o sobrenome de solteira, como só casaria com um homem que adotasse seu sobrenome.

Logo as oportunidades começaram a aparecer, bonita, inteligente, ela atraía a atenção dos rapazes. Proposta matrimonial não lhe faltava, até de jovem muito interessante.

O primeiro pretendente sério foi o Marcelo. Rapaz trabalhador, queria casar. Joana, depois de um namoro morno, disse que aceitava a proposta, mas com aquela condição. Marcelo teria de adotar o sobrenome dela. Coisa que o rapaz rejeitou. Romperam o namoro ali mesmo, ao lado de uma parede de pedra.

O segundo foi Bruno, não tão sério quanto Marcelo, porém mais inteligente. Namoraram algum tempo, ele propôs o casamento, de noite, ao sair. Suando, ouviu a exigência dela, vacilou; não lhe agradava aquilo, mas fez uma contraproposta: casariam e cada um conservaria seu sobrenome. Nada feito, retrucou Joana.

O terceiro foi Arlindo, não tão inteligente quanto Bruno, mas muito mais afetivo. Desta vez foi Joana quem levantou o assunto: quando a gente se casar, disse, eu quero que você adote meu sobrenome. Ele olhou-a espantado: a verdade é que nunca cogitara isso. Viver juntos, tudo bem; casamento nem pensar. Ela, então, após muitas lágrimas, com os olhos vermelhos de choro, mandou-o embora, indignada.

Agora, faz tempo que está sozinha, mas tem observado com interesse um colega de escritório. Homem trabalhador, esforçado, inteligente, afetivo. Marido ideal. Problema: ele e ela têm o mesmo sobrenome, Silveira. Se casarem, esse Silveira será o sobrenome dela ou dele? Se for o caso, ela não quer nem saber.

(Moacy Scliar. Folha de São Paulo, 21.03.05. Adaptado)

  1. De acordo com o texto, Joana :

a- prefere ficar só, a sair com rapazes.

b- tem saído atualmente com um colega de escritório.

c- pretende ainda se casar.

d- não gostava da mãe.

e- é vista com indiferença, geralmente, pelos rapazes.


Copie a alternativa correta


  1. Na frase – Coisa que o rapaz rejeitou – um sinônimo para o termo rejeitou seria: ___________________________


  1. Entende-se, pelo texto, que a mãe de Joana:

a- gostava muito do sobrenome do marido.

b- exigiu de Joana que, ao se casar, não mudasse o sobrenome.

c- era maltratada pelo marido, por causa do sobrenome.

d- passou a ter, ao casar, o sobrenome do marido.

e- não recebeu, quando casou, o sobrenome do marido.


Copie a alternativa correta


  1. No trecho - “a mãe era uma mulher submissa” - o antônimo (oposto) de submissa é: _________________________


  1. Copie a alternativa que contém uma expressão do texto com sentido figurado (metafórico).

a- ... só casaria com um homem que adotasse seu sobrenome.

b- Namoraram algum tempo, ele propôs casamento.

c- Mas tem observado com interesse um colega de escritório.

d- ... ele e ela têm o mesmo sobrenome, Silveira.

e- ... depois de um namoro morno, disse que aceitava...


_________________________________________________


  1. Relendo o penúltimo parágrafo, o que você entende pela expressão “nunca cogitara isso” na frase -
    “Ele olhou-a espantado: a verdade é que nunca cogitara isso.” ? O que ele nunca cogitou (pensou)?

____________________________________________________


  1. Passe a seguinte frase para o plural:

- Quero que você adote meu sobrenome > ______________________________________________


  1. No trecho - ... não lhe agradava aquilo... - o pronome aquilo refere-se:

a- à proposta de casamento com Joana.

b- ao uso do sobrenome de Joana.

c- à seriedade de Marcelo.

d- a Joana ter tido vários namorados.

e- a Joana ser uma mulher submissa.


Copie a alternativa correta


  1. No trecho - ... Não tão inteligente quanto Bruno, mas muito mais afetivo – Qual sinônimo pode substituir o conector interfrástico mas? > ____________________________


  1. A preposição de, destacada, estabelece entre as palavras uma relação de causa e conseqüência na alternativa:

a- ... manteria o sobrenome de solteira.

b- ... Romperam o namoro ali mesmo, ao lado de uma parede de pedra.

c- ... ele propôs o casamento, de noite, ao sair.

d- ... com os olhos vermelhos de choro...

e- ... tem observado com interesse um colega de escritório.


11. No texto, para a personagem Joana a troca de sobrenome não tem apenas um significado burocrático tradicional. O que significa o “sobrenome de solteira” para Joana? Na sua opinião, porque ela exigia que seu parceiro adotasse o sobrenome dela e não o contrário, como costuma ocorrer? Faça uma curta redação, com pelo menos 5 linhas:

João do Vale

Sabe quem foi João do Vale?
Vale a pena ver o site em sua homenagem

http://www.joaodovale.com.br/default.asp?id=4&mnu=4


bonito e repleto de informações.
Se quiser conhecer sua música (e tem boa conexão ou pretende comprar algum CD) consulte:
http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=6297

Caminho do meio

Uma dica legal. Renato Russo sempre recorria à inspiração poética e ética do TAO. Veja em:

http://www.dhnet.org.br/desejos/sonhos/tao.htm

Veja um pouco da história desta obra de Lao Tse no wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_chinesa

Renato Russo - trechos de entrevistas

Do Livro Conversações com Renato Russo (entrevistas), editora Letra Livre, 1996, que o irmão da colega Jéssica me emprestou.:


páginas:

32- Não existem fins, existem meios. Eu sempre penso em começos, nunca em fins.

32 e 33- (sobre show em Belém, 27/02) Eu não abandonei o show. Acontece o sequinte: eu não tenho que ficar recebendo lata de cerveja na cabeça e continuar cantando por causa do salário. Ah, mas não tenho mesmo! O público fica naquela euforia, mas eles não respeitam. Qual é, será que eles não percebem que nós estamos do lado deles? Que a gente está cantando coisas positivas, não está falando “taquem uma garrafa de cerveja na cabeça da gente, porque eu sou mau”. A gente está falando: “Brigar pra quê/ se é sem querer.”! Já tinha tido um incidente com o Arnaldo (dos Titãs) e eu falei: podem tacar uma bolinha de papel, se foi feito com má intenção, eu paro! Tá pensando o quê? Eu não sou mártir, não tenho que ficar aguentando moleque mal resolvido...


44 e 45 – (sobre opiniões de Ferreira Gullar) Como a nova geração vai ter respeito pela mais velha, se esta a ataca e está cheia de preconceitos?


46- ... O que acontece é que o homem matou Deus e hoje as pessoas estão sem fé nenhuma. Na verdade, o Deus cristão matou todas as divindades pagãs antes.


Entrevistador: É curioso como isso lembra Nietzsche e sua tese sobre a morte de Deus e o niilismo do último homem.


Mas isso é Nietzsche! O super-homem é o homem espiritual, aquele que tira o sentido e o valor de si, de seus atos. Como ele disse que o homem estaria para o super-homem assim como o macaco está para o homem, eu vejo a mesma coisa em Jesus Cristo, por exemplo. Na verdade, Nietzsche é um homem à procura de deus. Um deus que não é o Deus cristão.


56- Você tentou construir uma casa e nem chegou a delimitar o terreno. Como você vai ensinar o mais jovem a construir uma casa? Porque ele vai virar e vai falar assim: 'Tudo bem, eu até admiro que você queira me ensinar, mas você não tem capacidade, porque você tentou deseperadamente e não conseguiu.”


62- Então é a tal história, se da primeira vez me queimei porque a sopa estava muito quente, da próxima vez vou pegar a colherinha e soprar até esfriar. Então tem certas coisas que a gente já viu. É como se estivéssemos antes no pré-primário e agora na segunda série (...)


79 e 80- Tudo tem sua origem. Há certas coisas que escrevo e que aconteceram realmente comigo, outras com amigos, mas a partir do momento em que o negócio fica pronto, é como se fosse meu alter ego. Até uma música ficar pronta já entraram tantas influências! Mesmo “Acrilic on Canvas”, que é algo especificamente sobre uma experiência minha, não é alguma coisa literal, porque a partir do instante em que você passa para o papel, você inventa. Por isso é que vira música, senão eu escreveria diários.


101- Entrevistador- O que você diria a uma pessoa que acha o verso “Disciplina é liberdade” fascista?


É claro que não é! Ali eu estou falando de autodisciplina. Se você pensar numa relação sujeito-objeto é fascista, mas numa relação sujeito-sujeito, não é. Não é: “Eu vou disciplinar você”. A natureza é disciplinada. Eu preciso de muita disciplina! Fica tão bonito escrito “Disciplina é liberdade”, É uma inversão do double think do 1984: “Liberdade é escravidão”, “Ignorância é força”. Se você tiver um conceito legal de liberdade, imediatamente surge uma idéia positiva. Mas eu acho bacana que as pessoas se preocupem. Deve ser uma questão importante para essa pessoa, para o verso chamar a atenção. O que mais me chama a atenção nessa música é: “Lá em casa tem um poço mas a água é muito limpa”.


132- (sobre Ecologia) Vai ser uma sacanagem da minha parte se eu não me importar mais com a Floresta Amazônica.

Eu, qualquer coisa, viro Blade Runner. Arrumo uma sala como essa, boto tudo o que eu preciso ali dentro e foda-se. Mas não dá, temos de pensar nas outras pessoas, principalmente nas que estão vindo agora. É a maior injustiça eles não terem o mundo que você teve.


145- Gente que usa droga é muito chata; ela só é legal para quem está drogado também.


158- (no cápitulo BEATLES, JESUS CRISTO E RIVELINO sobre suas preferênicas) - Mulher inteligente: Marina Colassanti e Adélia Prado. “Toda mulher é inteligente.”


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E, como Renato Russo citou Nietzsche, nada melhor do que lembrarmos um pensamento do mestre
Neste trecho, que copio da revista CULT Nº 37, mas pertence ao livro ASSIM FALOU ZARATUSTRA, o superhomem é traduzido (de maneira mais adequada) como "além do homem"

"O homem é uma corda estendida entre o homem e o além-do-homem - uma corda sobre o abismo. Um perigoso passar para o outro lado, um perigoso caminhar, um perigoso olhar para trás, um perigoso estremecer e parar. A grandeza do homem está em ser ele uma ponte, e não um fim: o que se pode amar no homem é que ele é uma passagem e um crepúsculo."

Nietzsche






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