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6 de fevereiro de 2010

RESENHA: Meu nome e Radio

resenha para CML EDUCACIONAL

Meu Nome é Radio

titulo original: (Radio)

lançamento: 2003 (EUA)

direção: Michael Tollin

atores: Cuba Gooding Jr., Ed Harris, Alfre Woodard , S. Epatha Merkerson , Brent Sexton

duração: 109 min

gênero: Drama




O filme denuncia a exclusão social que faz com que as pessoas que com necessidades especiais ou qualquer diferença fiquem à margem da sociedade e sejam vistas como alguém que cometeu um crime hediondo ou ainda que não tem a menor importância e capacidade. Baseada num personagem real, RÁDIO, que a princípio é alguém rejeitado, apesar de aparentemente feliz. Refletimos sobre a necessidade do ser humano de viver em sociedade, de ter amizades e oportunidade de se desenvolver na convivência com seus semelhantes apesar das diferenças.

Merece destaque que o feliz projeto de inserção social do personagem Rádio ter sido feito de maneira intuitiva e eficiente por um professor. E mais ainda: utilizando a comunicação e o esporte. O treinador (um professor de educação física) Harold Jones conversa com Rádio, mesmo quando este a principio não responde, o convida para trabalhar na escola, obriga seus alunos a respeitá-lo e afinal o matricula na escola e o coloca para falar na rádio escolar, lhe dando ferramentas para mostrar sua voz a todos. A sequência é inevitável, de excluído Rádio passa a herói, e de mero ajudante do professor ele se torna também um treinador. A cena final, mostrando as pessoas reais que inspiraram os personagens do filme, é belíssima, cheia de esperança.

No filme Harold revela que não queria repetir com Rádio um erro que cometeu ainda na sua infância: ao descobrir preso numa casa uma criança deficiente, que não podia brincar nem ir na escola (como tantos ainda hoje), ele simplesmente não fez nada. A maioria nós não faz nada, achando isso natural. Como professor, Harold tinha consciência que isto não é natural, todos merecem espaço na escola, merecem serem vistos e respeitados e podem, se quiserem, dar o seu recado, mostrar a sua voz na rádio, no conselho, no jornal, no grêmio, nas assembleias, no recreio... É um manifesto pela inclusão e a igualdade de direitos.



19 de novembro de 2009

RESENHA – TRABALHO PARA CURSO DA CML – ano 2009

RESENHA – TRABALHO PARA CURSO DA CML – ano 2009

FILME: Escritores da Liberdade (Freedom Writers, EUA, 2007)

Aluna: Fábio Rogério Nepomuceno

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!... Martin Luther King – fragmento do memorável discurso "I Have a Dream", de 28/08/1963.

Todos somos atores de nossa vida, mas nem sempre podemos ter sua autoria. O pensar [e o escrever] favorece a autoria da existência. Dulce Critelli, 2006.

O filme apresenta vários aspectos interessantes, sobretudo para educadores. Vou destacar um de seus temas, o trabalho com projetos de leitura e escrita que ultrapassam o espaço escolar.

Educar é sempre um desafio. Uma profissão impossível, segundo Freud. A personagem Erin, interpretada por Hilary Swank, professora iniciante, descobre isto de muitas maneiras: pelos comentários dos colegas, as dificuldades para ensinar segundo a forma tradicional, as conversas que consegue ter com os alunos quando conquista sua confiança. Mas como responder a este desafio?

A resposta da personagem é incrivelmente simples, de certa forma uma adaptação de uma atividade comum nas escolas de antigamente, às vezes chamada de “Livro Dourado”. Erin trabalha com relatos biográficos escritos. E para motivar esta produção autoral, usa como motivadores livros com temas familiares aos alunos: drogas, prisão, preconceito, perseguição... Com destaque especial para o livro “Diário de Anne Frank.”.

Parece-me que o grande diferencial da professora no filme foi não ficar restrita ao mero ato de ler e escrever. Os alunos são chamados a participarem de passeios pedagógicos, o que nos lembra a “Aula Passeio” de Freinet, fazem dinâmicas de grupo, como a emocionante cena da “Linha que nos une”, precisando fazer pesquisas e digitar textos, consegue organizar uma sala de informática a partir de doações e finalmente motiva os alunos a unirem-se numa grande campanha para trazerem uma palestrante de outro país.

Segundo um texto que consultei na Internet, o estilo da personagem não é teatral, tal como os professores protagonistas dos filmes “O triunfo”, “Sociedade dos poetas mortos”, “Escola da vida”. Também não é autoritária como “Meu mestre, minha vida”, e nem experimentalista como é o professor Ross, do filme “A onda”. Seu estilo pedagógico está para o ensaísmo apaixonado, romântico, humanista, mas sem perder de vista a racionalidade do propósito educativo. Primeiro, ela tenta “dar aula” segundo manda o modelo tradicional, que não funciona com alunos indiferentes ao propósito da escola eminentemente ensinante. Uma aluna questiona pra que serve aprender tal conteúdo abstrato considerado inútil para melhorar sua vida real; outro dirá que o fato de ela ser professora “branca” não é suficiente para ele respeitá-la.

Na verdade, o filme com o qual “Escritores da Liberdade” mais facilmente pode ser comparado é o clássico “Ao Mestre com Carinho” com Sidney Pottier; mas tem como vantagem louvável o destaque que da ao trabalho realmente pedagógico com leitura e escrita, que não aparece no filme de 1966.

Como obra baseada em fatos reais, o filme consegue nos animar, ao mostrar coisas incríveis feitas por pessoas comuns, que enfrentam problemas semelhantes aos nossos. Mas merece registro o fato de a verdadeira Erin ter montado uma ong que replica sua metodologia. Será que a escola precisa sempre que um “terceiro”, um órgão especializado, entre nela com novas idéias? Será que os profissionais da escola, tal como fez a Erin, não podem ser mais autônomos e inovadores? Merece reflexão e estudo.

31 de agosto de 2008

Batman

Mais uma excelente resenha do filme Batman The Dark Knight



http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2008/07/batman_o_cavale.html

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