problemas? louco é quem tem... pois mal comecei a trabalhar como professor já tenho algumas pedras para quebrar. tive uma discussão com um aluno na 8ª série - resultado, sua mãe me denunciou por te-lo ofendido (o pior é que ofendi mesmo). segue versão da carta que entreguei em minha defesa. os outros alunos da sala também foram solicitados a descrever o acontecido - alguns textos, como é de se esperar, são de uma pobreza expressiva que me entristece, mas as aulas mais recentes têm sido menos conturbadas; o coordenador da escola está me ajudando muito a estabelecer um diálogo com os jovens da sala, acompanhando algumas aulas e conversando com eles.
MEU RELACIONAMENTO COM OS ALUNOS DA 8ª X DA XXX
Formado ou formando-me num sistema de valorização da discussão e do debate, procuro neste momento que inicio na profissão de professor inventar ou descobrir uma prática de aprendizagem avessa à punição e à pontuação. É claro que me falta experiência, e talvez até talento, para conseguir resultados reais com esta metodologia.
Isto, poderia ter sido previsto, gerou alguns conflitos com vários alunos, principalmente na 8ª série, onde algumas alunas criticaram os textos que escolhi para análise. Já com o aluno XXX, assim como com vários outros, o problema se restringia a sua recusa em participar das atividades propostas. Durante uma leitura de jornais, chegamos a discutir, porque em vez de fazer a atividade ele estava usando o jornal para bater em colegas.
Desde essa discussão, quando cheguei a conversar com a mãe do aluno e pedi desculpas para ele e para a sala, não senti grande diferença no meu relacionamento com os outros alunos da sala. Alguns tentam participar, outros, muitas vezes, fazem barulho, o que impede que a aula se transforme num diálogo mais tranquilo, até mesmo para que eu possa identificar qual o melhor desenvolvimento para a aprendizagem.
Acredito que não há nenhum outro conflito pessoal entre eu e a sala e, creio, o maior problema deve ser uma resistência a atividades passivas, onde o professor explica o ponto e o aluno faz a atividade. Sinceramente, ainda espero aprender como romper esta resistência ou como inventar propostas mais ativas e menos chatas.
Já com o aluno XXX sinto que piorou seu distanciamento. Ele continua não fazendo as atividades e recusa-se a responder qualquer pergunta que eu lhe faça. Mesmo assim, não o estou obrigando a nada e tenho tratado todos os alunos da maneira o mais calma possível, sem excessão.
20/09/2005
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