5 de março de 2006

Preconceito

De novo uma dica com o escritor Ricardo Boessio (ver post anterior).
No artigo " " ele critíca a opinião preconceituosa (e por isso parcial) do cineasta Arnaldo Jabor e da TV Globo. Seu texto me lembrou uma história que ouvi certa vez do colega Rogério - Em tempo, o Rogério sofreu um acidente de moto e infelizmente está de molho com a perna engessada - Melhore logo!

Alguns anos atrás ele participou de um tipo singular de avaliação. Ouviu uma história que era mais ou menos assim:

Havia uma mulher que traía o marido com um amante que morava do outro lado de um rio. A única passagem entre um lado e outro do rio era uma ponte e a esposa tinha hora para voltar para casa, antes que seu marido chegasse, para não levantar suspeitas. Certo dia apreceu um psicopata na ponte, que estava matando todos que passavam por ela. Chamaram a polícia, mas ninguém apareceu. A mulher foi avisada, mas precisava passar pela ponte, se não seu marido poderia descobrir tudo. Pediu ajuda para seu amante, mas ele ficou com medo e fugiu. Pediu ajuda para um barqueiro, que passava curioso ali por perto da ponte, mas ele pediu um pagamento em troca e ela não tinha dinheiro e não aceitou pagar o que ele queria. Então, contra todos os avisos, tentou atravessar a ponte. O psicopata a matou.

Quem é o culpado?

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pense um pouco...

o barqueiro?
o amante?
o marido, por ser ciumento mas não conseguir satisfazer (sexual ou emocionalmente) sua esposa?
o poder público, que não consegue trazer um mínimo de segurança?
o destino, que é sempre tão cruel?

parece que todos são um tanto culpados (ninguém é inocente), mas algumas pessoas analisadas chegaram a achar que o culpado era a vítima (erro grosseiro em que cai o cineasta Jabor). Ora, ora... É muito fácil acusar a vítima.

Mas o primeiro culpado e o ÚNICO que pode ser preocessado pelo CRIME de assassinato é justamente o psicopata. Ele matou.

A culpa pela violência não está na vitima. A violência não é algo desejável por ninguém com bom senso. Leia o artigo de Boessio. Creio que ele é muito claro em sua argumentação sobre preconceito e em defesa do rock´n roll.

Veja em : http://www.duplipensar.net/artigos/2005-Q1/dimebag-darrell-arnaldo-jabor.html

O infeliz texto de Jabor pode ser visto em: http://jg.globo.com/JGlobo/0,19125,VBC0-2754-70139,00.html

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