16 de abril de 2005

Proposta de Metodologia

PROPOSTA DE TRABALHO FINAL

Quem sabe as coisas são assim neste mundo que quando a gente quer vagamente dizer algo, é fácil falar, mas quando quer muito, fica difícil.”

Janusz Korczak em Quando eu voltar a ser criança

Objetivos

Não é possível separar leitura, escrita e compreensão. Não é possível usar a Língua Portuguesa sem o domínio de uma gramática. Mas é um erro ensinar a língua como um conjunto de fórmulas prontas, imutáveis e, entretanto, repletas de “exceções”. Porque, simplesmente, não ler?

Creio que a lingüística tem ferramentas preciosas que podem, primeiro, deixar o estudante perplexo com os recursos da linguagem – e motivado a estuda-la. E, depois, talvez, revelar a porta do entendimento e da (re) criação. Não faz sentido leitura sem escrita e sem pensamento.

Pergunta de pesquisa

Como a gramática é ensinada? Isto, se de fato está sendo ensinada. Muitos professores, hoje, trabalham preferencialmente com história da literatura e alguns textos selecionados (geralmente de livros didáticos), a gramática, acho, acaba aparecendo como regras para fazer alguns exercícios. Pesquiso se esta suposição esta correta ou, ao contrário, os professores que pretendo observar no Ensino Público Fundamental encontraram meios novos de treinar o uso e a compreensão da linguagem escrita. Lembrando Verdini Clare1 o grande problema da produção textual é a interlocução”.

Materiais e métodos

A pesquisa está sendo feita como observador não-participativo em salas de Nível 2, acompanhando professores de Língua Portuguesa, fazendo anotações de campo com detalhamento das atividades solicitadas aos estudantes. Foi combinado com os responsáveis pela Unidade Escolar que eu cobriria aulas vagas por falta de professor, realizando a parte de regência do estágio.

Estou criando e reaproveitando uma série de atividades para treinar a leitura crítica. Textos não-verbais como charges e propagandas; músicas e poesias; textos de jornais. Preferencialmente as atividades serão oferecidas em versão impressa, recorrendo menos à lousa, para que não haja desperdício de tempo com a mera cópia. Após a leitura atenta dos materiais, se possível com manifestações da sala, solicitando atividades escritas que podem ser textos curtos (como uma descrição) ou longos (redação ou narrativa). A partir da correção espero identificar as deficiências de interpretação do tema e de expressão na forma escrita e planejar novos materiais de estudo

nota: 1- Nícia de Andrade Verdini Clare ,50 ANOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA (1950 -2000), consultado em: http://www.filologia.org.br/vicnlf/anais/caderno06-05.html

Comentária da professora (escrito no verso da proposta):

"Bom, primeiro de tudo, precisamos de uma concepção de gramática.
Além do texto de Franchi, que está com vocês, percorra:
GERALDIM, J. W - O texto na Sala de aula
POSENTI, S. - Por que (Não) ensinar gramática na escola
BRITTO, L. P - Fugindo da Norma.

E rigor nos seus diários!"

Ela também sugeriu que eu buscasse o progresso dos alunos na produção de textos analisando conectivos inter-frasais - indicando para isto a leitura de:

KOCH, Ingedore

(o link acima é outra sugestão da professora. a Plataforma Lattes, cujo nome é uma homenagem ao famoso professor de física e estudioso)

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