26 de Março de 2007
Debate sobre qualidade da educação brasileira está no caminho errado
Alan Meguerditchian
Respondi chamando atenção para a fonte da notícia - uma ong ligado a Gilberto Dimenstein. Parece-me que as ongs em geral (e esta em particular) têm grande interesse em abocanhar as enormes verbas da educação e muitos especialistas (aqueles que concordam com o estudo citado na reportagem acima) acham que a má qualidade da educação é puramente um problema de gestão - Algumas ongs tb têm interesse em assumir esta gestão.
Para mim é óbvio que só salário não vai melhorar a educação. Ganhar mais nunca foi garantia de felicidades, basta vermos os altos salários de nossos políticos, que quase sempre só nos dão tristezas.
Pagar melhor para os professores e demais funcionários das escolas é uma questão de justiça - Uma remuneração adequada à responsabilidade.
Em todos os países que alcançaram sucesso com a educação (sem excessão - mas cito aqui a Coréia e a Finlândia) o progresso começou com o aumento dos salários, o que aumentou a procura de jovens pela profissão educador e, por consequência, fez com que os melhores fossem selecionados.
Mas só isto não basta. É preciso organização. Mas com certeza esta organização não deve ficar nas mãos de "particulares" com interesses duvidosos como a ong Aprendiz. Qual a ideologia por trás destes grupos? Por que, por exemplo, o estudo citado desqualifica as aulas de informática? Que tipo de jovens eles querem? - Creio que eles não primam pela verdadeira inclusão que é a participação política dos jovens, a formação humana ampla e autônoma que estes jovens precisam ter para construírem outro amanhã. Uma amanhã sem classes.
Sugiro leitura de um bom texto sobre gestão educacional. O autor é Vitor Paro (que de vez em quando tb é citado no site do Aprendiz) :
http://www.escoladegestores.inep.gov.br/downloads/artigos/gestao_da_educacao/a_gestao_da_educacao_vitor_Paro.pdf
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