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20 de novembro de 2006
Bom texto sobre Língua Portuguesa
por Associação de Professores de Português
http://www.app.pt/portugues_2002.html
Dia da Consciência Negra
Mas, sobretudo, dia de Zumbi, herói negro símbolo da resistência que muito orgulha todos os afrodescendentes e todos os brasileiros.
17 de novembro de 2006
No Teatro do CEU - Consciência Negra
T1 teatro do CEU PERUS 17 de novembro de 2006
no camarim
- peça teatral ZUMBI GRACIOSO (ver roteiro na raiz deste DVD) [ver post anterior neste blog]
atrás da tela
agradecimento do grupo teatral amador
T2 agradecimento equipe de apoio
entrevistas com estudantes, atores e professores
T3 recital de "Navio Negreiro"
slides "Dia da Consciência Negra" (ver aquivo na raiz deste DVD)
T4 dança hip hop grupo "The Best"
final do evento
T5 clipes apresentados no evento:
- trecho discurso Mathin Luther King
- Vangelis - retratos da África
- Documentário (thriller)
- Fala atribuída a Jesus (texto em inglês)
- 2Pac - changes
- Marcelo D2 e Alcione "pra que amor" (Altas Horas)
- Bob Marley- get up stand up
- Gilberto Gil - não chores mais
- Charlie Brown Jr. -um lugar ao sol
T6 - Gilberto Gil e Milton Nascimento - andar com fé
- Sérgio Ricardo - zelão
- Capoeira mestre Bimba
- Sabotage - um bom lugar
- Racionais - fim de semana
- Clara Nunes - morena de angola
- James Brown - sex machine
T7 - Adão Daxalebaradã – curta
"Somos todos filhos da terra"
- Orixás (uniafro e www.acordacultura.org.br )
- Jongo São José da Serra - eu fui na mata
T8 - gravação em video de apresentação do slide
"Dia da Consciência Negra" (utilizando o programa Camtasia –
ver Shareware na raiz deste DVD)
T9 Feira Cultural na escola Fernando Gracioso - dia 21 de outubro de 2006.
trechos da primeira montagem da peça ZUMBI GRACIOSO.
Cameras: Anderson e Davidson.
Ateísmo
A revista Época destaca a matéria "A Ciência vai matar Deus"... obviamente, esquece-se que o capitalismo selvagem já o matou há muito tempo. O dinheiro é o novo deus e os bancos seus templos onde pagamos óbulos absurdos e os mendigos pedem humilhantemente. Mas o texto vale a leitura:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG75728-5990-443,00.html
um trecho que destaco:
" Um mundo sem fé poderia até ser moral. Mas teria tanta graça? Alguns ateus dizem que a espiritualidade não está necessariamente ligada à religião. "Poderíamos invocar o poder da poesia e da contemplação silenciosa", diz Sam Harris. No lugar da devoção a Deus, eles adotam a admiração pelo mundo natural, pelas belezas que o cosmo revela à luz da razão. É o naturalismo. "Ele ensina uma das coisas mais importantes do mundo", diz Greg Graffin, zoólogo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e fundador da banda punk Bad Religion. "Existe apenas esta vida. Então, dê beleza e sentido a ela." "
o que lembra muito as antigas religiões pagãs animistas, inclusive a umbanda... Ou a proposta dos filósofos gregos socráticos... Achei interessante.
14 de novembro de 2006
Dia da Consciencia Negra.ppt
Está disponível em:
http://ekalafabio.multiply.com/video/item/6
Recomendo fazer o download e abrir com programa compatível (o MS Office, PPT Viewer, Open Office ou similar...). Baixe direto pelo link:
http://images.ekalafabio.multiply.com/movie/
ekalafabio:video:6/ekalafabio/6.ppt/N1MGP
1ezXcvgd9Eu8NkchA/Dia%20da%20Consciencia
%20Negra.ppt
13 de novembro de 2006
Efeitos ópticos da nossa miséria
--
Recomendo a leitura atenta de entrevista com o pesquisador Jessé Souza, que alerta: a economia e a educação não explicam nossa miséria e são incapazes de reverte-la:
http://www.estado.com.br/suplementos/ali/2006/11/12/ali-1.93.19.20061112.10.1.xml
12 de novembro de 2006
Versão revista da peça teatral "Zumbi Gracioso"
para apresentação dia 17 de novembro de 2006 no teatro do CEU PERUS, comemorando o Dia da Consciência Negra - 20 de novembro.
Texto de BRUNO e DIANA da 8ª série A - Escola XXXX
Orientação e modificações: professor Fábio R.
1ª Cena: O senhor sentado vendo o algodão sendo colhido pelos escravos. (música "Zumbi" do Jorge bem Jor ou "Retirantes" de Dorival Caymmi)
Diálogo entre escravos:
----------- Vivemos na escravidão. Somos tratados como animais.
----------- Trabalhamos tanto e não ganhamos nada. Nem comida boa temos.
----------- Devemos fugir para um lugar melhor.
----------- E existe este lugar?
----------- Existe o quilombo. Irei para lá. No quilombo todos são livres. O rei é Ganga Zumba, bom com todos. E seu general é Zumbi.
----------- Já ouvi falar dele.
----------- Vou para o quilombo lutar com Zumbi para libertar todos os escravos.
(um escravo foge, mas é recapturado pelo capitão do mato)
2ª Cena: Feitor prende um escravo fujão. Pede a ordem do senhor para castiga-lo com chicotadas. Tem a ordem e vai ao tronco onde prende o escravo e lhe dá 50 chicotadas.
Diálogo entre feitor e o Barão senhor dos escravos
Feitor_ O escravo está no tronco esperando a decisão do barão e se deixar o escravo que está no troco sem castigo os outros escravos vão acreditar na história que ele está contando e vai querer fugir.
Barão_Está bem. Deite 20 chibatadas.
Feitor_Me disculpe, Barão, mas 20 chibatadas não vai nem fazer riscos nas costas dele!
Barão_Está bem! deite-lhe 50 chibatadas.
Narrador_Logo depois o feitor foi dar as 50 chibatadas, enquanto isso a baronesa estava falando com o barão. Começa um toque de música.
Baronesa_Mas já vai começar com essa cantoria!a.
Barão_Se voce não gosta deste barulho tampe os ouvidos com algodão, Candida.
(toca a música Homeless, de Paul Simon, do seriado Raízes)
3ª Cena: No quilombo Zumbi planeja com os irmãos a invasão da fazenda e libertação dos escravos. Ganga Zumba não concorda e quer aceitar acordo de paz com Portugal. Por isso os dois começam a brigar. Depois disso, Ganga Zumba morre misteriosamente.
Diálogo no Quilombo.
Um irmão do quilombo entrega uma carta para o Rei Ganga Zumba:
“Senhor Ganga Zumba. O Rei de Portugal te propõe um acordo de paz com o quilombo de Palmares. Todos os nascidos no quilombo ficarão livres, os outros não.”
Ganga Zumba lê a carta.
Logo chega seu sobrinho Zumbi – Tio Ganga Zumba, vamos invadir a fazenda e libertar nossos irmãos.
Ganga – Isso não é possível. Estamos negociando a paz com Portugal.
Zumbi – Que paz que nada. Precisamos soltar nossos irmãos.
Ganga – Uma guerra só vai trazer dor.
Zumbi – Não é justo que fiquemos em paz enquanto tantos padecem escravidão.
Ganga – Também não é justo que tantos morram pelo bem de outros. Precisamos de paz.
Zumbi – A paz não traz igualdade. Esta paz é injusto, pois é para poucos. Precisamos de guerra.
Partidários de Zumbi e de Ganga Zumba se dividem, gritando de um lado “Paz” e de outro “Guerra”.
Chega Dandara, esposa de Zumbi.
Dandara – Que é isso Zumbi! Como briga com seu tio?
Zumbi – Ganga Zumba pensa com a razão, mas erra. A liberdade tem que ser para todos.
Ganga Zumba – Dandara, explique para seu marido que a guerra irá destruir Palmares. O melhor caminho é do negociação. A paz é sempre o melhor caminho.
Dandara – Zumbi, não brigue com seu tio. Vamos reunir um conselho e discutir este assunto. Vivemos para a felicidade e não para a dor. Se for possível, lutaremos também por nossos irmãos que estão escravizados, mas precisamos lutar juntos. Desunidos seremos fracos. Vamos! Façam as pazes.
Cena da Morte: Uma irmã do quilombo leva uma bebida para Ganga Zumba, que cai morto misteriosamente.
cena enterro de Ganga Zumba e coroação de Zumbi – Ganga Zumba está morto. Longa vida a Zumbi, nosso Rei
(toca música de capoeira. Afoxé de Dorival Caymmi)
4ª Cena: Os negros estão nas senzalas na roda de capoeira, que é a única diversão deles, o momento de alegria e lembranças; (tocar músicas de capoeira); Chega Zumbi e os irmãos do quilombo para libertá-los. O senhor descobre e manda o feitor ir atrás deles, mas eles conseguem fugir em segurança.
(toca música "Monólogo ao pé do ouvido" da Nação Zumbi, para ilustrar o ataque)
cena Ataque à fazenda, para libertar escravos. Feitor avisa o senhor:
Feitor – Chefe, tenho péssimas notícias. A fazenda está sendo invadida pelos negros quilombolas. (sai correndo com uma arma).
Senhor está preocupado. Baronesa chega assustada.
Baronesa – O que está acontecendo.
Senhor – Prepare-se. Fomos invadidos pelo capitão Zumbi.
5ª Cena: Eles chegam ao quilombo pela manhã. Com muita alegria são recebidos e festejam a liberdade com parentes, amigos e é claro com Zumbi.
(música final - "Cangoma me chamou (ouça)" de Clementina de Jesus, ou interpretada pelo grupo Mawaca)
cena final – Festa em Palmares.
Cantos, dança e capoeira.
Narrador conta história de Palmares no alto-falante (deixar música afro com volume baixo no fundo, depois aumentar o volume - talvez usar "spirit of the forest" dos pigmeus Baka Beyond )
Narrador – O quilombo de Palmares resistiu durante quase dois séculos, tendo sido destruído apenas em 1710, após ataques do capitão do mato Domingos Jorge Velho. Zumbi morreu, mas seu sonho de justiça e liberdade continua vivo nos corações de todos os brasileiros.
PERSONAGENS:
Dandara: Diana
Senhor: Bruno
Baronesa: Marriete
Feitor:
Capitão do Mato: Tamara
Escravo Fujão: Davidson /// Rafael
Zumbi: Welverson
Tio (Ganga Zumba): Vicente
Irmãos do Quilombo: Leonardo, Eric, Tamara
Contra-regra:
Convidados: Guerreiros do Brasil, Universo Capoeira
----
cena surprimida (após 2ª cena)
Narrador_No dia seguinte 3 escravos fugiram e um foi pego,o barão foi eté a senzala e perguntou para o escravo:
Barão_cadê os outros dois?
Narrador_O escravo não responde e o barão fica irritado, pega o chicote começa a bater no escravo. Acaba furando o olho do escravo.
Terceira parte
11 de novembro de 2006
Arquitetura da destruição
Assisti hj este filme,
Arquitetura da destruição
que interpreta esteticamente a insanidade do sonho nazista de um mundo perfeito.Também assisti a leve comédia SILVER HAWK. Valeu. Curioso reparar como a figura do "louco-militar-nazista" permanece como modelo de super-vilões, apesar do filme o citar como sendo da América do Sul (!).
9 de novembro de 2006
O Soco de Uma Polegada de Bruce Lee
Fuçando em meus papéis achei o livro de Marco Natali , ediouro, 1984, que tem este belo texto:
O Soco de Uma Polegada
O que é aprendizagem?
Uma jornada e um processo, nunca um fim ou uma conclusão.
O que é um instrutor?
Um guia, nunca um sentinela ou um ditador.
O que é uma descoberta?
Um processo constante de questionar as respostas e
não de responder às perguntas.
Qual é a meta?
Mente aberta de modo a que você possa "ser" e
nunca saídas fechadas de modo a que você tenha que
"fazer".
O que é um teste?
Ser e tornar-se; não apenas lembrar e revisar.
O que ensinamos?
Indivíduos e não lições, estilos, sistemas, métodos ou
técnicas.
O que é uma escola?
O que quer que façamos dela.
Onde é a escola?
Em toda parte; não em uma sala de quatro cantos...
mas onde quer que estejamos.
A todos que buscam "o caminho"
CONHECIMENTO vem de seu instrutor.
SABEDORIA vem de seu interior."
texto de BRUCE LEE (1940-1973)
Morreu Mario Zan, mestre sanfoneiro
Mario Giovanni Zandomeneghi, mais conhecido como Mario Zan, (Roncade, 9 de outubro de 1920 - morreu aos 86 anos, em São Paulo, 08 de novembro de 2006) é um acordeonista ítalo-brasileiro famoso por suas canções típicas das festas juninas do centro-sul do Brasil. Emigrou com sua família para o Brasil ainda na década de 20 e instalou-se na região de Catanduva, São Paulo.
Foi considerado um dos melhores acordeonistas do Brasil, tendo se tornado pelas composições das mais populares canções das festas juninas paulistas como a Quadrilha Completa, Balão Bonito, Noites de Junho ou Pula a Fogueira.
Chalana
Mario Zan E Arlindo Pinto
Lá vai uma chalana, bem longe se vai
Estando o remanso do Rio Paraguai
Ah! chalana, sem querer, tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas vais levando o meu amor
E assim ela se foi, nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo na curva lá do rio
E se ela vai magoada eu bem sei que tem razão
Fui ingrato, eu feri o seu meigo coração
Segue O Teu Caminho
Mario Zan
Hoje é meu dia e amanhã será o teu.
Eu sei que um dia sofrerás mais do que eu.
Embora diga que o passado não importa.
Eu sei que um dia baterás em minha porta.
Mas se algum dia estiveres sem guarida.
Se precisares de um prato de comida.
Podes chegar que estarei ao seu dispor.
Embora saiba muito bem que está morto o nosso amor.
Vai e segue o teu caminho, que eu fico aqui sozinho.
aguardo o
teu regresso.
Pois quem age assim desta maneira, fazendo tanta
asneira,
Não pode ter progresso.
Vai, por este mundo afora, vai ver aonde é que mora, a
infelicidade.
Para depois, voltar arrependida, humilde e despida,
De toda esta vaidade.
fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Mario_Zan ,google e vagalume.uol.com.br/mario-zan/
7 de novembro de 2006
6 de novembro de 2006
Emir Sader
Manifesto contra condenação de Emir Sader
da redação
Um ataque ao direito de livre-expressão e à autonomia universitária. Assim o manifesto lançados por intelectuais em defesa do sociólogo Emir Sader define a decisão judicial em primeira instância que condenou o professor universitário por ter escrito um artigo em que criticava declarações preconceituosas e "racistas" do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC).
Encabeçado por Antonio Cândido e aberto a adesões, os signatários repudiam a condenação que "transforma o agressor em réu" e fazem um alerta: "ao impor a pena de prisão e a perda do emprego conquistado por concurso público, é um recado a todos os que não se silenciam diante das injustiças".
Abaixo, a íntegra do manifesto:
Manifesto em solidariedade a Emir Sader
A sentença do juiz Rodrigo César Muller Valente, da 11ª Vara Criminal de São Paulo, que condena o professor Emir Sader por injúria no processo movido pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), é um despropósito: transforma o agressor em vítima e o defensor dos agredidos em réu.
O senador moveu processo judicial por injúria, calúnia e difamação em virtude de artigo publicado no site Carta Maior (http://cartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=2171), no qual Emir Sader reagiu às declarações em que Bornhausen se referiu ao PT como uma "raça que deve ficar extinta por 30 anos".
Na sua sentença, o juiz condena o sociólogo "à pena de um ano de detenção, em regime inicial aberto, substituída (...) por pena restritiva de direitos, consistente em prestação de serviços à comunidade ou entidade pública, pelo mesmo prazo de um ano, em jornadas semanais não inferiores a oito horas, a ser individualizada em posterior fase de execução".
O juiz ainda determina: "(...) considerando que o querelante valeu-se da condição de professor de universidade pública deste Estado para praticar o crime, como expressamente faz constar no texto publicado, inequivocamente violou dever para com a Administração Pública, motivo pelo qual aplico como efeito secundário da sentença a perda do cargo ou função pública e determino a comunicação ao respectivo órgão público em que estiver lotado e condenado, ao trânsito em julgado".
Numa total inversão de valores, o que se quer com uma condenação como essa é impedir o direito de livre-expressão, numa ação que visa intimidar e criminalizar o pensamento crítico. É também uma ameaça à autonomia universitária que assegura que essa instituição é um espaçeo público de livre pensamento.
Ao impor a pena de prisão e a perda do emprego conquistado por concurso público, é um recado a todos os que não se silenciam diante das injustiças. Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso mais veemente repúdio. (Os que desejarem assinar, favor enviar e-mail para solidariedadeaemirsader@hotmail.com) Primeiros signatários: Antonio Candido Flávio Aguiar Francisco Alambert Sandra Guardini Vasconcelos Nelson Schapochnik Gilberto Maringoni Ivana Jinkings
Última modificação 2006-11-02 00:06
---
Leia mais detalhes em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/11/364659.shtml
--- de onde retiro:
Leia o artigo do Professor Emir Sader
Emir Sader - Carta Maior - 28/08/2005
http://cartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=2171
O ódio de classe da burguesia brasileira
"A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos", disse o senador Jorge Bornhausen (PFL). Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio - de fascistas e banqueiros - é usual referir-se ao povo dessa maneira - são "negros", "pobres", "sujos", "brutos". Emir Sader
?A gente vai se ver livre desta raça (sic), por, pelo menos, 30 anos? (Jorge Bornhausen, senador racista e banqueiro do PFL)
O senador Jorge Bornhausen é das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira. Banqueiro, direitista, adepto das ditaduras militares, do governo Collor, do governo FHC, do governo Bush, revela agora todo o seu racismo e seu ódio ao povo brasileiro com essa frase, que saiu do fundo da sua alma ? recheada de lucros bancários e ressentimentos.
Repulsivo, não por ser loiro, proveniente de uma região do Brasil em que setores das classes dominantes se consideram de uma raça superior, mas por ser racista e odiar o povo brasileiro. Ele toma o embate atual como um embate contra o povo ? que ele significativamente trata de ?raça?.
Ele merece processo por discriminação, embora no seu meio ? de fascistas e banqueiros ? sabe-se que é usual referir-se ao povo dessa maneira ? são ?negros?, ?pobres?, ?sujos?, ?brutos?, - em suma, desprezíveis para essa casa grande da política brasileira que é a direita ? pefelista e tucana -, que se lambuza com a crise atual, quer derrotar a esquerda por 30 anos, sob o apodo de ?essa raça?.
É com eles que anda a ?elite paulista?, ultra-sensível com o processo de sonegação contra a Daslu, mas que certamente não dirigirá uma palavra de condenação a seu aliado estratégico (da mesma forma que a grande mídia privada). São os amigos de FHC e de seus convivas dos Jardins, aliados do que de mais atrasado existe no Brasil, ferrenhamente unidos contra a esquerda e o povo.
Mas não se engane, senhor Bornhausen, banqueiro e racista, muito antes do que sua mente suja imagina, a esquerda, o movimento popular, o povo estarão nas ruas, lutarão de novo por uma hegemonia democrática, anti-racista, popular, no Brasil. Muito antes de sua desaparição definitiva da vida pública brasileira, banido pelo opróbio, pela conivência com a miséria do país mais injusto do mundo, enquanto seus bancos conseguem os mairores lucros especulativos do mundo, sua gente será defintivametente derrotada e colocada no lugar que merece ? a famosa ?lata de lixo da história?.
Não, senhor Bornhausen, nosso ódio a pessoas abjetas como a sua, não os deixará livre de novo para governar o Brasil como sempre fizeram ? roubando, explorando, assassinando trabalhadores. O seu sistema, o sistema capitalista, se encarrega de reproduzir cotidianamente os que se opõem a ele, pelo que representa de opressão, de expoliação, de desemprego, de miséria, de discriminação ? em suma, de "Jorges Bornhausens".
Saiba que o mesmo ódio que devota ao povo brasileiro e à esquerda, a esquerda e o povo brasileiro devotam à sua pessoa ? mesquinha, desprezível, racista. Ele nos fortalece na luta contra sua classe e seus lucros escorchantes e especulativos, na luta por um mundo em que o que conte seja a dignidade e a humanidade das pessoas e não a ?raça? e a conta bancária. Obrigado por realimentar no povo e na esquerda o ódio à burguesia.
Emir Sader é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de ?A vingança da História".
Leia tentativa de resposta de Bornhausen: http://www.senado.gov.br/web/senador/JorgeBornhausen/Noticias/200601103_1.html
3 de novembro de 2006
Antigo poema inesperadamente recuperado: Encanto
ENCANTO
Não sou muito bonito
Nem tão pouco feio
Não sou muito esperto
Mas não sou burro
Não tenho nenhum dinheiro
Ao menos trabalho.
Eu sou homem
Você é mulher
Que mais falta pra gente se acertar?
Eu sou homem
Você é mulher - mulher! mulher! mulher!
Duvido de tudo
Até da fé
Mas pra você eu confio
Até meu coração
E garanto que serei fiel
Pois sou corintiano.
Eu sou homem
Você é mulher
Que mais falta pra gente se acertar?
Eu sou homem
Você é mulher - mulher! mulher! mulher!
(...)
f.r.n.
Baraka
A dica eu peguei no orkut.
" araka é uma palavra Sufi, e significa "Sopro de Vida", "Benção"
Baraka é um documentário sobre o homem e a natureza, suas belezas, contrastes, semelhanças e destruição. Ele revela o quanto a humanidade está interligada, apesar das diferenças de religião, cultura e língua dos povos.
Um verdadeiro poema visual, as imagens incluem um vasto registro de rituais religiosos, maravilhas naturais, processos de mecanização e diversos estilos de vida. O contraste e as metáforas visuais criadas pelo diretor norte-americano Ron Fricke provocam reflexão, relaxam e inquietam. As músicas envolventes e os efeitos sonoros contribuem para que Baraka seja uma experiência marcante.
Um documentário sem narração ou legenda, somente imagens e sons cuidadosamente capturados. Baraka mostra de que forma a raça humana e seus diferentes ciclos de vida estão vinculados ao ritmo da natureza, e faz uma surpreendente análise do mundo e de quem vive nele.
Baraka é um filme sobre a vida, um registro da humanidade.
# Baraka 1 - 1ªparte - 0.8 MB
# Baraka 2 - 2ªparte - 1.8 MB
# Baraka 3 - 3ªparte - 1 MB
# Baraka 4 - 4ªparte - 1.1 MB
# Baraka 5 - 5ªparte - 1.9MB
# Baraka - indicação das cenas e das músicas do filme "Baraka"
# Baraka Geografia - indicação dos locais geográficos do filme "Baraka"
Por Paulo Bicarato"
Infelizmente os linques indicados parecem não estar ativos. O filme é fácil puxar pelo e-mule e não possui falas ou texto, só música e imagens.
A lista de Schindler
Acadei de assistir o filme Schindler's List de Spielberg. Muito bom. Leia mais sobre esta obra em:
http://www.dvdshow.com.br/padrao.php?page=resenhas_&res=1694
onde há uma boa resenha.
Interessante comparar este filme com o recente Monique e com fatos recentes da atual violência entre judeus e muçulmanos.
Elogio à diferença
Será isto pregar a tolerância? Que palavra feia! (...)Tolerar é aceitar da boca pra fora, é, de forma negativa, não proibir: isto pressupõe uma relação de forças onde aquele que domina consente a não fazer uso do seu poder. Aquele que tolera se sente bem por tolerar, aquele que é tolerado se sente duplamente negligenciado, pelo conteúdo daquilo que ele representa ou daquilo que ele professa e pela sua incapacidade de o impor. A intolerância, autodefesa do fraco ou do ignorante, é certamente uma marca de infantilidade, mas a tolerância, concessão dada pelo poderoso seguro de si, não é mais do que somente um primeiro passo na direção do reconhecimento do outro. Outros passos são necessários, para que se chegue ao amor das diferenças.
“Se eu difiro de você, longe de te lesar, eu te aumento e enriqueço”, escreve Saint-Exupery. Esta evidência, todos os nossos reflexos a negam. Nossa necessidade superficial de conforto intelectual nos leva a tudo organizar em tipologias (semelhantes) e a julgar segundo a conformidade destas. Mas a riqueza está na diferença.
Muito mais profundo, mais fundamental, é a necessidade de ser único, para “ser” verdadeiramente. Nossa obsessão é de ser reconhecido como uma pessoa original, insubstituível; nós o somos realmente, mas nós nunca experimentamos este sentimento de forma tão forte como quando as pessoas a nossa volta o reconhecem. Que melhor e mais belo presente pode nos dar “o outro” senão o de reforçar nossa unicidade, nossa originalidade sendo diferente de nós? Não se trata de atenuar os conflitos, de apagar as oposições, mas de se admitir que esses conflitos, essas oposições devem e podem ser benéficas a todos.
A condição é que o objetivo não seja a destruição do outro, ou a instauração de uma hierarquia, mas a construção progressiva de cada um. O choque e desacordo, mesmo violento, é benéfico: ele permite a cada um de se revelar na sua singularidade. A competição, ao contrário, é destrutiva: ele acaba por situar cada um dentro de uma ordem imposta, dentro de uma hierarquia necessariamente artificial e arbitrária.
A lição primeira da genética é que os indivíduos, todos diferentes, não podem ser classificados, avaliados, ordenados : a definição de “raças” só pode ser arbitrária e imprecisa. A interrogação sobre o “menos bom” e o “melhor” é sem resposta. A qualidade específica do Homem, a inteligência, da qual ele tanto se orgulha, escapa, na sua maioria, à nossas técnicas de análise. As tentativas passadas de “aperfeiçoamento” biológico do Homem foram por vezes simplesmente ridículas, e freqüentemente criminosas ao olhar dos indivíduos, e devastadoras para o grupo.
Por sorte, a natureza dispõe de uma maravilhosa robustez face aos malfeitos do Homem: o fluxo genético continua sua obra de diferenciação e de manutenção da diversidade, quase insensível aos atos humanos.
Esta reflexão pode ser transposta da genética para a cultura: as civilizações que nós secretamos são maravilhosamente diversas e esta diversidade constitui a riqueza de cada um de nós. Graças a uma certa dificuldade de comunicação, esta heterogeneidade das culturas pode subsistir por longo tempo; mas, é claro que ela corre o risco de desaparecer rapidamente.
Assim que se constata a qualidade das relações humanas, da harmonia social dentro de certos grupos que nós chamamos “primitivos”, podemos nos perguntar se o alinhamento feito a partir de nossa cultura não será uma catástrofe. Será que ainda há tempo para se evitar o nivelamento das culturas? Poderemos preservar a diversidade das culturas sem pagar um preço exorbitante?
Que o leitor retenha simplesmente esta lição da biologia : nossa riqueza coletiva é feita de nossa diversidade. O “outro”, enquanto indivíduo ou sociedade, nos é precioso na medida em que ele é diferente de nós.
____________________
Albert JACQUARD, Trechos de Eloge de la différence, Paris, Seuil, 1978, pp. 206-209.
(texto lido pela professora Suely no último dia do curso sobre Inclusão, 28 de outubro)
leia um outro textinho do mesmo autor: Albert Jacquard
Os direitos humanos devem ser vistos como a conseqüência de nossa lucidez sobre a especificidade de nossa espécie. Essa lucidez nos faz compreender que somos os únicos seres vivos capazes de se tornarem pessoas, ou seja, de alcançar a consciência de ser. Essa metamorfose só pode se realizar graças às trocas com os outros. Uma sociedade que respeite os direitos humanos deve portanto, antes de mais nada, permitir a cada um a participação nessas trocas. A finalidade da educação é o encontro com os outros.
retirado de: http://www.ambafrance.org.br/abr/label/label34/paroles.html
O belo texto "Zumbi canta na Curva do Sino" de Washington Araújo também cita Jacquard. Veja em:
http://www.bahai.org.br/racial/zumbi.html