12 de novembro de 2006

Versão revista da peça teatral "Zumbi Gracioso"

TEATRO: "ZUMBI GRACIOSO"
para apresentação dia 17 de novembro de 2006 no teatro do CEU PERUS, comemorando o Dia da Consciência Negra - 20 de novembro.
Texto de BRUNO e DIANA da 8ª série A - Escola XXXX
Orientação e modificações: professor Fábio R.

1ª Cena: O senhor sentado vendo o algodão sendo colhido pelos escravos. (música "Zumbi" do Jorge bem Jor ou "Retirantes" de Dorival Caymmi)

Diálogo entre escravos:

----------- Vivemos na escravidão. Somos tratados como animais.


----------- Trabalhamos tanto e não ganhamos nada. Nem comida boa temos.

----------- Devemos fugir para um lugar melhor.

----------- E existe este lugar?

----------- Existe o quilombo. Irei para lá. No quilombo todos são livres. O rei é Ganga Zumba, bom com todos. E seu general é Zumbi.

----------- Já ouvi falar dele.

----------- Vou para o quilombo lutar com Zumbi para libertar todos os escravos.

(um escravo foge, mas é recapturado pelo capitão do mato)

2ª Cena: Feitor prende um escravo fujão. Pede a ordem do senhor para castiga-lo com chicotadas. Tem a ordem e vai ao tronco onde prende o escravo e lhe dá 50 chicotadas.

Diálogo entre feitor e o Barão senhor dos escravos

Feitor_ O escravo está no tronco esperando a decisão do barão e se deixar o escravo que está no troco sem castigo os outros escravos vão acreditar na história que ele está contando e vai querer fugir.

Barão_Está bem. Deite 20 chibatadas.

Feitor_Me disculpe, Barão, mas 20 chibatadas não vai nem fazer riscos nas costas dele!

Barão_Está bem! deite-lhe 50 chibatadas.

Narrador_Logo depois o feitor foi dar as 50 chibatadas, enquanto isso a baronesa estava falando com o barão. Começa um toque de música.

Baronesa_Mas já vai começar com essa cantoria!a.

Barão_Se voce não gosta deste barulho tampe os ouvidos com algodão, Candida.

(toca a música Homeless, de Paul Simon, do seriado Raízes)


3ª Cena: No quilombo Zumbi planeja com os irmãos a invasão da fazenda e libertação dos escravos. Ganga Zumba não concorda e quer aceitar acordo de paz com Portugal. Por isso os dois começam a brigar. Depois disso, Ganga Zumba morre misteriosamente.

Diálogo no Quilombo.

Um irmão do quilombo entrega uma carta para o Rei Ganga Zumba:

“Senhor Ganga Zumba. O Rei de Portugal te propõe um acordo de paz com o quilombo de Palmares. Todos os nascidos no quilombo ficarão livres, os outros não.”

Ganga Zumba lê a carta.

Logo chega seu sobrinho Zumbi – Tio Ganga Zumba, vamos invadir a fazenda e libertar nossos irmãos.

Ganga – Isso não é possível. Estamos negociando a paz com Portugal.

Zumbi – Que paz que nada. Precisamos soltar nossos irmãos.

Ganga – Uma guerra só vai trazer dor.

Zumbi – Não é justo que fiquemos em paz enquanto tantos padecem escravidão.

Ganga – Também não é justo que tantos morram pelo bem de outros. Precisamos de paz.

Zumbi – A paz não traz igualdade. Esta paz é injusto, pois é para poucos. Precisamos de guerra.

Partidários de Zumbi e de Ganga Zumba se dividem, gritando de um lado “Paz” e de outro “Guerra”.

Chega Dandara, esposa de Zumbi.

Dandara – Que é isso Zumbi! Como briga com seu tio?

Zumbi – Ganga Zumba pensa com a razão, mas erra. A liberdade tem que ser para todos.

Ganga Zumba – Dandara, explique para seu marido que a guerra irá destruir Palmares. O melhor caminho é do negociação. A paz é sempre o melhor caminho.

Dandara – Zumbi, não brigue com seu tio. Vamos reunir um conselho e discutir este assunto. Vivemos para a felicidade e não para a dor. Se for possível, lutaremos também por nossos irmãos que estão escravizados, mas precisamos lutar juntos. Desunidos seremos fracos. Vamos! Façam as pazes.

Cena da Morte: Uma irmã do quilombo leva uma bebida para Ganga Zumba, que cai morto misteriosamente.


cena enterro de Ganga Zumba e coroação de Zumbi – Ganga Zumba está morto. Longa vida a Zumbi, nosso Rei

(toca música de capoeira. Afoxé de Dorival Caymmi)

4ª Cena: Os negros estão nas senzalas na roda de capoeira, que é a única diversão deles, o momento de alegria e lembranças; (tocar músicas de capoeira); Chega Zumbi e os irmãos do quilombo para libertá-los. O senhor descobre e manda o feitor ir atrás deles, mas eles conseguem fugir em segurança.

(toca música "Monólogo ao pé do ouvido" da Nação Zumbi, para ilustrar o ataque)
cena Ataque à fazenda, para libertar escravos. Feitor avisa o senhor:

Feitor – Chefe, tenho péssimas notícias. A fazenda está sendo invadida pelos negros quilombolas. (sai correndo com uma arma).

Senhor está preocupado. Baronesa chega assustada.

Baronesa – O que está acontecendo.

Senhor – Prepare-se. Fomos invadidos pelo capitão Zumbi.

5ª Cena: Eles chegam ao quilombo pela manhã. Com muita alegria são recebidos e festejam a liberdade com parentes, amigos e é claro com Zumbi.

(música final - "Cangoma me chamou (ouça)" de Clementina de Jesus, ou interpretada pelo grupo Mawaca)
cena final – Festa em Palmares.

– Cantos, dança e capoeira.

Narrador conta história de Palmares no alto-falante (deixar música afro com volume baixo no fundo, depois aumentar o volume - talvez usar "spirit of the forest" dos pigmeus Baka Beyond )

Narrador – O quilombo de Palmares resistiu durante quase dois séculos, tendo sido destruído apenas em 1710, após ataques do capitão do mato Domingos Jorge Velho. Zumbi morreu, mas seu sonho de justiça e liberdade continua vivo nos corações de todos os brasileiros.


PERSONAGENS:
Dandara: Diana
Senhor: Bruno
Baronesa: Marriete
Feitor:
Capitão do Mato: Tamara
Escravo Fujão: Davidson /// Rafael
Zumbi: Welverson
Tio (Ganga Zumba): Vicente

Irmãos do Quilombo: Leonardo, Eric, Tamara

Contra-regra:

Convidados: Guerreiros do Brasil, Universo Capoeira

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cena surprimida (após 2ª cena)
Narrador_No dia seguinte 3 escravos fugiram e um foi pego,o barão foi eté a senzala e perguntou para o escravo:

Barão_cadê os outros dois?

Narrador_O escravo não responde e o barão fica irritado, pega o chicote começa a bater no escravo. Acaba furando o olho do escravo.
Terceira parte

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