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27 de fevereiro de 2008
O mais estranho video já feito para a internet
Uma colagem absurda e até divertida em forma de videoclipe
Isto é, de longe, o mais estranho vídeo que já foi publicado na internet. Quem fez isso é um gênio ou seja um total retardo. Ninguém tem certeza ...
26 de fevereiro de 2008
Luiz Inácio Falou, Luiz Inácio avisou...
Dicas para Gnu-Linux
http://www.tuxresources.org/blog/archives/70
portal de videos sobre linux
http://www.ubuntuvideo.com/
aparência do MAC no ubuntu-linux
http://www.tuxresources.org/blog/archives/30
Mais dicas para o Ubunto
http://www.tuxresources.org/blog/archives/141
(link obrigatório!)
Todas as dicas retiradas do blog de Antonio Ayres, o mesmo que fez o curso sobre GIMP.
25 de fevereiro de 2008
Rascunho para Release
A convite do professor Carlos Lima, coordenador do Projeto Nas Ondas do Rádio Fábio Rogério Nepomuceno, professor de língua portuguesa e orientador de informática educativa da EMEF Fernando Gracioso, bairro Perus, apresenta projeto em que professores e alunos publicam na internet. Utilizando os recursos do portal Multiply os estudantes são orientados a criarem textos, que depois são submetidos a correção ortográfica e crítica de conteúdo. Este portal também permite a publicação de podcasts, como programas de rádio virtual; destacamos projeto realizado em 2007, em que alunos de 3a e 5a séries fizeram passeatas pelo bairro, conscientizando sobre a prevenção da dengue; a comunidade foi entrevistada e este registro está disponível no blog educativo. Mais informações: Professor Fábio
Blog educativo: http://radiograciosa.multiply.com Contatos pelo MSN messenger: radiograiosa#hotmail.com
22 de fevereiro de 2008
Stigmata - O Reino de Deus está dentro de você e ao seu redor (diga não às igrejas)
(4) Jesus disse: "O homem idoso não hesitará em perguntar a uma criancinha de sete dias sobre o lugar da vida, e ele viverá. Pois muitos dos primeiros serão os últimos e se tornarão um só." (14) Jesus disse-lhes: "Se jejuardes, gerareis pecado para vós; se orardes, sereis condenados; se derdes esmolas, fareis mal a vossos espíritos. Quando entrardes em qualquer país e caminhardes por qualquer lugar, se fordes recebidos, comei o que vos for oferecido e curai os enfermos entre eles. Pois o que entrar em vossa boca não vos maculará, mas o que sair de vossa boca – é isso que vos maculará."
Por estes trechos tenha uma leve idéia do que é o polêmico EVANGELHO DE TOMÉ, possivelmente o texto com as palavras mais próximas das ditas pelo Jesus Histórico. Leia outros fragmentos em:
http://paginas.terra.com.br/servicos/ecard/apocrifosonline/evangelhos_tome/quintoevangelho2.htm
Este texto inspirou o interessante filme STIGMATA (1999), que chamou tanto minha atenção que assisti no cinema e hoje, de madrugada, revejo na TV. Saiba mais:
http://paginas.terra.com.br/servicos/ecard/apocrifosonline/evangelhos_tome/stigmata_filme.htm
Descobri no texto do link acima que ele tem um final alternativa. Achei pelo youtube:
Nina (2004)
Saiba mais em:
http://www2.uol.com.br/mostra/30/p_exib_filme_arquivo_5297.shtml
Como é raro de se achar, informo que está disponível para download na rede em:
http://rapidshare.com/files/70401906/Nina._2004_.Heitor_Dhalia.part1.rar
http://rapidshare.com/files/70426131/Nina._2004_.Heitor_Dhalia.part2.rar
http://rapidshare.com/files/70616637/Nina._2004_.Heitor_Dhalia.part3.rar
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Dica do Fórum Farra do Eudes
20 de fevereiro de 2008
Texto de Cristovam Buarque: Criança
Português falado no Brasil é talvez o mais rico e o mais imoral dos idiomas no que se refere à definição de infância
Os esquimós têm diversos nomes para indicar a neve. Para eles, cada tipo de neve é uma coisa diferente de outro tipo. Para os povos da floresta, cada mato tem um nome específico. Os habitantes dos desertos têm nomes diferentes para dizer "areia", conforme as características específicas que ela apresenta. Para conviver com seu meio ambiente, cada povo desenvolve sua cultura com palavras distintas para diferenciar as sutilezas do seu mundo. Quanto mais palavras distinguindo as coisas que as rodeiam, mais rica é a cultura de uma população.
Os brasileiros urbanos desenvolveram sua cultura criando nomes especiais para diferenciar o que, para outros povos, seria apenas uma criança.
Para poder circular com segurança nas ruas de suas cidades, os brasileiros do começo de século 21 têm maneiras diferentes para dizer "criança". Não se trata dos sinônimos de antigamente para indicar a mesma coisa, como "menino", "guri", "pirralho". Agora, cada nome indica uma sutil diferença no tipo de criança. O português falado no Brasil é certamente o mais rico e o mais imoral dos idiomas do mundo atual no que se refere à definição de criança. É um rico vocabulário que mostra a degradação moral de uma sociedade que trata suas crianças como se não fossem apenas crianças.
Menino-de-rua significa aquele que fica na rua em lugar de estar na escola, em casa, brincando ou estudando, mas tem uma casa para onde ir - diferenciado sutilmente dos meninos-de-rua, aqueles que não apenas estão na rua, mas moram nela, sem uma casa para onde voltar. Ao vê-los, um habitante das nossas cidades os distingue das demais crianças que ali estão apenas passeando.
Flanelinha é aquele que, nos estacionamentos ou nas esquinas, dribla os carros dos ricos com um frasco de água em uma mão e um pedaço de pano na outra, na tarefa de convencer o motorista a dar-lhe uma esmola em troca da rápida limpeza no vidro do veículo. São diferentes dos esquineiros, que tentam vender algum produto ou apenas pedem esmolas aos passageiros dos carros parados nos engarrafamentos. Ou dos meninos-de-água-na-boca, milhares de pobres crianças que carregam uma pequena caixa com chocolates, tentando vendê-los mas sem o direito de sentir o gosto do que carregam para outros.
Sutis diferenças
Prostituta-infantil já seria um genérico maldito para uma cultura que sentisse vergonha da realidade que retrata. Como se não bastasse, ainda tem suas sutis diferenças. Pode ser bezerrinha, ninfeta-de-praia, nina-da-noite, menino ou menina-de-programa ou michê, conforme o local onde faz ponto ou gosto sexual do freguês que atende. E tem a palavra menina-paraguai, para indicar crianças que se prostituem por apenas um real e noventa e nove centavos, o mesmo preço das bugigangas que a globalização trouxe de contrabando, quase sempre daquele país. Ou menina-boneca, de tão jovem que é quando começa a se prostituir, ou porque seu primeiro pagamento é para comprar a primeira boneca que nunca ganhou de presente.
Delinqüente, infrator, avião, pivete, trombadinha, menor, pixote: sete palavras para o conjunto da relação de nossas crianças com o crime. Cada qual com sua maldita sutileza, conforme o artigo do código penal que cabe, a maneira como aborda suas vítimas, o crime ao qual se dedica...
Podem também, no lugar de crianças, serem boys, engraxates, meninos-do-lixo, recicladores-infantis, de acordo com o trabalho que cada uma delas faz.
Ainda tem filhos-da-safra, para indicar crianças deixadas para trás por pais que emigram todos os anos em busca de trabalho nos lugares onde há empregos por bóias-fria, nome que indica também a riqueza cultural do sutil vocabulário da realidade social brasileira. Ou os pagãos-civis, vivendo sem registro que lhes indique a cidadania de suas curtas passagens pelo mundo, em um país que lhes nega não apenas o nome de criança, mas também a existência legal.
Criança-triste
Como resumo de todos estes tristes verbetes, há também criança-triste: não se refere à tristeza que nasce de um brinquedo quebrado, de uma palmada ou reprimenda recebida, ou mesmo da perda de um ente querido. No Brasil há um tipo de criança que não apenas fica ou está triste, mas nasce e vive triste - seu primeiro choro mais parece um lamento pelo futuro que ainda não prevê do que um respiro no novo ar em que vai viver, quando pela primeira vez o recebe em seus diminutos pulmões.
Criança-triste, substantivo e não adjetivo, como um estado permanente de vida: esta talvez seja a maior das vergonhas do vocabulário da realidade social brasileira. Assim como a maior vergonha da realidade política é a falta de tristeza no coração de nossas autoridades diante da tristeza das crianças brasileiras, com as sutis diversidades refletidas no vocabulário que indica os nomes da criança.
A sociedade brasileira, em sua maldita apartação, foi obrigada a criar palavras que distinguem cada criança conforme sua classe, sua função, sua casta, seu crime. A cultura brasileira, medida pela riqueza de seu vocabulário, enriqueceu perversamente ao aumentar as palavras que indicam criança. Um dia, esta cultura vai se enriquecer criando nomes para os presidentes, governadores, prefeitos, políticos em geral que não sofrem, não ficam tristes, não percebem a vergonhosa tragédia de nosso vocabulário.
Quem sabe não será preciso que um dia chegue ao governo uma das crianças-tristes de hoje, para que o Brasil torne arcaicas as palavras que hoje enriquecem o triste vocabulário brasileiro e construa um dicionário onde criança... seja apenas criança.
Cristovam Buarque é professor da UnB e senador (PDT/DF)
19 de fevereiro de 2008
18 de fevereiro de 2008
Campus Party - ainda comentando
http://educomverde.blogspot.com/
Gostei do Campus Party. Mentira, eu adorei! Já estou esperando pelo próximo. Este evento na América do Sul prova o poder financeiro do mundo virtual e, de certa forma, torna este mundo mais real. A participação do governo no evento e as oficinas para professores merece uma análise à parte. E por que? Parece que estar na internet e "lutar" pelo relacionamento virtual virou uma virtude. Nosso governo é um dos que mais usa a internet - curiosamente, toda a recente polêmica envolvendo os tais "cartões corporativos" só foi possível por causa do uso moderno que nosso governo (ao menos o federal) faz da internet.
E no entanto, apesar de 1000 ingresso terem sido oferecidos a professores de escolas públicas, sinto que não houve vontade nenhuma de garantir que estes professores participassem ativamente do evento; diria mais, não houve a divulgação adequada para conscientizar estes professores do quanto este evento foi importante. E foi importante. Foi um marco - vi na mídia alguns mais afoitos o comparando com o Woodstock e a Semana de 22. Talvez não seja exagero.
Podemos ver o Campus Party apenas como diversão. E foi divertidíssimo.
Em termos de formação dos técnicos diretamente envolvidos com internet é inegável o valor deste encontro, que deve render muito dinheiro para alguns e melhorias de serviços para outros.
Como espaço para encontro e formação de educadores fica devendo, não por culpa dos organzadores do evento, mas dos burocratas que, apesar de terem permitido que ele ocorresse não garantiram o verdadeiro acesso ao conhecimento - antiga demanda de todos os professores. É isso o que queremos para os nossos alunos, não é?
Veja fotos que tirei neste evento em:
http://www.flickr.com/photos/23736278@N07/sets/72157603918722552/
E leia relatório com algumas fotos e links indicados em:
http://ekalafabio.blogmestre.org/ekalafabio-no-campus-party-2008/
‘Campuseros’ fazem fila na entrada da Bienal antes da abertura dos portões. Foto: Paulo Liebert/AE
(para mais info clique na foto)
Persépolis e dêixis
O que é Dêixis, Significado de Dêixis
fonte: http://www.workpedia.com.br/62221/deixis.html
Hoje assisti Persépolis. Mais um excelente desenho baseado numa HQ realista (baseada em fatos reais, como Gen).
Leia mais sobre:
http://devaneioconcentrado.wordpress.com/2008/02/04/persepolis-persepolis/
17 de fevereiro de 2008
Xote Ecológico
16 de fevereiro de 2008
15 de fevereiro de 2008
Marcos Bagno na "Caros Amigos" 131
O reconhecimento pode tardar, mas não falha. O que este cara fala é importante porque é justo. Vale a compra.
Retiro de:
http://carosamigos.terra.com.br/nova/ed131/entrevista_marcos.asp
"É preciso acabar com a cultura do erro"
Certamente por ignorância, a gente "descobriu" só agora um representante do grupo de lingüistas que está virando de cabeça pra baixo o português que todos aprendemos na escola. Ele vem informar que o que vale agora é o português brasileiro, a lingua que o povo fala, que as famílias falam, que nós falamos, e não aquela que pregam os manuais de redação ou os "consultórios" gramaticais dos jornais. Apostamos que a maioria de vocês, leitores que sabem ler, será surpreendida por este papo impressionantemente revelador com o autor do livro Preconceito Lingüistico (hoje na 49º edição), Marcos Bagno. entrevistadores carlos azevedo, mylton severiano, marcos zibordi, mariana santos, michaela pivetti, renato pompeu, roberto manera, rodrigo aranha, thiago domenici, vinícius souto, sérgio de souza / fotos marcos muzi |
trecho 1
THIAGO DOMENICI Quando começou o seu interesse pela lingüística?
Desde criança me interessei por línguas em geral, pelo fenômeno da linguagem, sempre gostei de ler e de escrever, e aí, conseqüentemente, inventei que queria ser escritor.
MYLTON SEVERIANO Paulistano?
Não, mineiro, de Cataguazes. Mas desde cedo a família saiu de lá e a minha formação básica foi no Rio de Janeiro, depois Brasília, onde comecei a graduação em letras, e terminei na Universidade Federal de Pernambuco, fiz lá o mestrado em lingüística. Depois o doutorado em língua portuguesa aqui na USP. Por causa do meu histórico familiar – meu pai foi militante do Partido Comunista –, tentei achar um caminho que pudesse associar o meu interesse pela linguagem às questões sociais, antropológicas, políticas. Acabei chegando na sociolingüística, disciplina que trata dessas relações da língua e das pessoas que falam as línguas. Existe na universidade uma certa corrente que gosta de estudar a língua como se ela fosse falada por ninguém, sem levar em consideração os fenômenos sociais inevitáveis que circulam em torno do uso da língua em sociedade.
trecho 2
MARCOS ZIBORDI A linguagem da Internet é necessariamente um rebaixamento da língua?
Do ponto de vista científico, a gente nunca fala que existe uma forma mais nobre ou inferior ou mais rebaixada de usar a língua. Na Internet há um uso da língua com suas características e suas peculiaridades e a gente tem que encarar dessa maneira.
"Não existe norma mais nobre ou inferior de usar a lingua"
trecho 3
CARLOS AZEVEDO A gente ouve dizer que a língua está se vulgarizando, perdendo a sua harmonia, a sua beleza. Isso está acontecendo ou é uma visão preconceituosa?
É recorrente esse discurso de que a língua de hoje representa um estado deteriorado de uma suposta época de ouro no passado. A gente encontra isso em qualquer língua, em toda a história, desde pelo menos o século 3 a.C., e para o lingüista isso não faz o menor sentido. As línguas se transformam, mudam nem pra melhor, nem pra pior, simplesmente mudam para atender às necessidades cognitivas e interacionais de seus falantes. Porque, se quiséssemos manter a pureza do português, teríamos que falar latim, mas o latim já é uma língua derivada de outra, então, se a gente quisesse manter a pureza do latim, a gente teria que falar indo-europeu, que é uma língua falada 5.000 anos antes de Cristo.
A edição CA131 impressa com a íntegra desta entrevista JÁ ESTÁ NAS BANCAS!
Ou leia aqui mesmo artigos relativos a este assunto em:
http://ekalafabio.blogspot.com/2007/11/fhc-o-portugus-correto-e-outras.html
(texto do colega Carlos Carota)
e
http://ekalafabio.blogspot.com/2006/08/morfossintaxe.html
Projeto: Dia da Princesa 2
*Conversar com Marta ou responsável pelo teatro.
* Fazer memorando solicitando que a cozinha modifique a merenda nesta data, de forma que os alunos recebam a merenda na entrada e se dirijam ao CEU Perus no horário adequado.
AÇÕES:
- Salão de Beleza, unhas, cabelo, pele;
- Palestras: * doenças e prevenção ( *fazer memorando para Grupo de mulheres de Perus ou buscar alternativa);
* direitos da mulher;
- Filme: (Definir. Precisa ser cópia original)
- Exposição de fotos sobre mulheres: profissionais, ativistas, mães;
* estudantes podem fotografar antecipadamente mulheres da escola e da comunidade.
- Exposição de cartazes sobre as mulheres: profissões; vida social; cultura...
* cartazes devem ser feitos no decorrer do mês de março.
JUSTIFICATIVA: Combater o machismo, favorecer a auto-estima e a criatividade.
13 de fevereiro de 2008
DICA SOBRE O PROGRAMA IRFANVIEW
Ideal para converter imagens no windows xp (funciona no Vista, mas sem alguns recursos).
Baixe o programa, que está disponível em várias fontes.
Exemplo:
http://baixaki.ig.com.br/site/detail1222.htm
O irfanview é em inglês; Veja dicas sobre usar o irfanview e mudar sua linguagem para português em:
http://www2.ufpa.br/dicas/progra/p-irfan.htm
Para aumentar sua usabilidade recomendo instalar (no XP) o programa irfanview shell extension
Baixe em:
http://superdownloads.uol.com.br/download/55/irfanview-shellextension/
Para usar, pegue uma imagem qualquer e abra com o irfanview. Clique "salvar como" (ou "save as" em ingles) e excolha o formato jpg. O irfanview automaticamente oferecerá opção de dimensionar imagem, uma barrinha no lado direito. Marque, por exemplo, 20% do tamanho original.
Se você já instalou o shell extension (acima) selecione um grupo razoável de imagens, clique com o botão direito do mouse. Aparecerá uma opção do irfanview. Clique para converter para "jpg", mesmo que a imagem já seja jpg. Automaticamente ele converterá as fotos para o tamanho menor.
Acho que é fácil. Tente e descubra.
11 de fevereiro de 2008
Reflexão em grupo
REFLEXÃO
Durante um era glacial bem remota, quando parte do globo terrestre se achava coberto por densa camada de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram. Morreram indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Bem próximos um do outro e assim bem unidos, bem juntos, agasalhavam-se mutuamente. Assim aquecidos, conseguiram enfrentar por mais tempo aquele inverno terrível.
Vida ingrata, porém... Os espinhos de cada um começaram a incomodar, a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
Novo problema, afastados, separados começaram a morrer congelados.
Os que sobreviveram ao frio, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito e precauções. Unidos novamente, mas cada qual conservando uma distância um do outro. Distância mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim agindo, eles resistiram à longa era glacial. Apesar do frio e dos problemas, conseguiram sobreviver.
DISCUSSÃO EM GRUPOS
01- Será que nós já vivenciamos a situação do porco-espinho no nosso ambiente de estudo?
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02- Que atitude tomamos que fere e incomoda aos companheiros?
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03- Diante dos problemas vividos, você agiria como os porcos-espinhos ou tomaria outra atitude? Qual?
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9 de fevereiro de 2008
Curso Direitos Humanos
Sugerido para n curso ocorrerá "virtualmente", pela internet, mas trata de assunto bem real e atual, o respeito aos direitos humanos.
Inscrição pelo link:
http://www.conselheirosdhsp.faroseducacional.com.br/portal/
6 de fevereiro de 2008
Castro e Pessanha - poetas portugueses
SAFIRA
“ Morena é minha Amada, morena mas fermosa, como a Esposa do Cântico dos Cânticos. (...)
... Safira lhe chamei, por Safira a conhecem: mas só eu sei o verdadeiro nome dessa que é morena como o incenso, cheirosa como o bálsamo da judéia (...)
Há uma flor, arum dracunculos, flor maravilhosa para a vista, feita dos mais sedosos tecidos, corada das mais finas cores, mas repugnante para o olfacto, porque o seu cheiro é como o cheiro dos cadáveres.
As outras mulheres são para mim como essa flor: se a pelúcia de seus olhos, o veludo de seus cabelos, a seda das suas carnes me tentam e delas me aproximo, logo fujo espavorido, porque sinto o cheiro cadavérico de suas almas.
Há um flor, e desta ignoro eu o nome, que só de noite tem perfume; de dia ninguém a vê, ninguém a sente, mas à noite, ao luar, é tal o seu aroma, tão pertubante e tão subtil, que quem passar junto dela logo é tomado dum delíqui e cai no chão desmaiado.
Tal é a minha Amada (...).
EUGÉNIO DE CASTRO, in Jornal do Comércio, 39º ano, nº 11476 (Lisboa, 1892)
fonte: GUIMARAES, Fernando – POÉTICA DO SIMBOLISMO EM PORTUGAL
do mesmo livro copio o seguinte:
LIRISMO FRUSTE II
Foi um dia de inúteis agonias.
Dia de sol, tudo cheio de sol! Dia de sol, inundado de sol!
Fulgia o aço das espadas frias.
Dia de sol, tudo cheio de sol! Dia de sol, inundado de sol!
Foi um dia de falsas alegrias.
Dália a esfolhar-se, o riso seu magoado... Dália a esfolhar seu mole sorriso
Voltavam os ranchos das romarias.
Dália a esfolhar-se, o riso seu magoado... Dália a esfolhar seu mole sorriso
Dia impressível, mais que os outros dias.
Tão lúcido! Tão pálido e tão lúcito!
Difuso de teoremas e teorias... Tão lúcido tão pálido - tão lúcido
O dia fútil, mais que os outros dias!
Sorriam frouxas as ironias...
Tão lúcido! Tão pálido e tão lúcido! Tão lúcido tão pálido - tão lúcido
CAMILO PESSANHA, in Ave-Azul, serie 1, fasc.6 (Viseu, 1899)
obs: a coluna à direita é parte de uma possível releitura musical que farei desta obra prima escrita.